*Consultora de finanças
A poupança é muito utilizada por todas nós, quer seja pela praticidade em depositar o dinheiro, como pela facilidade em sacar. Quando decidimos economizar, esta é a primeira opção que nos vem à cabeça. Poderia dizer que a poupança serve para você deixar seu dinheiro em um prazo supercurto, enquanto decide o que fazer com ele – e, por tabela, tirando da conta corrente para evitar gastá-lo com outras coisas. Mas repito: prazo curtíssimo!
Como funciona a poupança?
Muitos pensam que poupança é um investimento, porém não existe qualquer vantagem nos dias atuais em deixar seu $$ na poupança uma vez que sua rentabilidade não supera a da inflação.
A poupança rende 0,5% ao mês + TR ( Taxa Referencial calculada pelo Banco Central, a partir da SELIC e também com base na taxa média mensal dos CDBs pré-fixados das 30 maiores instituições financeiras do país). A taxa básica de juros Selic, definida pelo COPOM (Comitê de Política Monetária), está em 14,25% ao ano.
Mas e na prática?
Se você “investiu” R$ 1.000 na poupança no dia 10/06/2014, no dia 10/06/2016 você tinha R$ 1.163,38. Ou seja, em dois anos seu dinheiro rendeu 16,33%. Em torno de R$ 6,81 por mês! Valor abaixo da taxa de juros – consequentemente seu dinheiro foi desvalorizado.
O que é inflação e como me afeta?
O aumento contínuo de preços em um lapso temporal é chamado de inflação. Com o aumento da inflação teremos que pagar mais para termos os mesmos produtos e serviços que éramos acostumadas a adquirir e com isso nosso poder de compra diminui. No último ano, seu $$ rendeu 8,40% contra 10,67% da inflação. Ficou claro com essa diferença que a poupança não conseguiu suprir o seu poder de compra.
Quais as alternativas?
Para escolher um investimento você precisa analisar:
- a necessidade de liquidez
- o seu perfil de investidora (mais conservadora ou agressiva)
- valor que tem disponível
Algumas sugestões para pesquisa:
- Tesouro Direto: é uma opção de investimento de baixo custo –com R$ 100 você consegue investir –, além de ser considerado seguro, uma vez que a possibilidade de um país quebrar é menor do que a de um banco quebrar.
- CDB (Certificado de Depósito Bancário): é um título que os bancos emitem para se capitalizar. O investidor estaria “emprestando” $$ ao banco em troca de rentabilidade diária. Você poderá pesquisar taxas junto aos bancos ou em Corretoras, que oferecem várias opções de CDBs de diversos bancos. Valor mínimo para investimento gira em torno de R$ 10.000.
- LCI/LCA (Letra de Crédito Imobiliário/Agrário): Com R$ 30.000 você consegue investir. A principal vantagem é que aqui temos a isenção do Imposto de Renda.
As LCI/LCA e os CDBs têm fundo garantidor de até R$ 250.000 por CPF, ou seja, se o banco quebrar, esse fundo garante o valor mencionado de volta.
Não existe milagre para rentabilizar o dinheiro, existe, sim, um bom planejamento. E, sempre desconfie daquelas “ofertas” extraordinárias de super rentabilidade.