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A fricção de duas pedras feita pelo homem primitivo foi o ponto de partida para descobrir como obter o fogo na Idade da Pedra e inventar um recipiente que permitisse ferver a água. Quem sabe um pote de cerâmica. Claudio Fornari, em seu Comes & Bebes (Editora Nova Fronteira), cita, por volta de 2.700 a.C, a mais antiga receita de sopa de que se tem registro, num livro de receitas chinês. Chama-se “Lua dourada sobre um mar de prata”, preparada com ovos de pomba e sobras de comida da véspera.
Como o universo de receitas de sopa é infindável, são feitas hoje improvisações bem-sucedidas. Assim, ovinhos de aves delicadas conferem charme e sabor para um caldo de carne fervente, servido em minitaça de louça branca para sopa (com duas asas), onde é aberto um ovo de codorna cuja gema é solidificada no caldo quente, com belo visual.
“Quem sabe a gente toma uma sopa cremosa aqui em casa, por volta de oito horas, com um vinhozinho?” é um convite informal que se ouve frequentemente no inverno entre amigos. A temperatura ideal para sopa fica entre 35 e 45 graus, e um dos vinhos que melhor se harmoniza com ela é o Madeira, à temperatura ambiente.
Um happy hour de acordo com a estação fria consiste de um gostoso pão, pasta de queijo cremoso – um queijo forte ralado misturado com requeijão e tempero verde – e a sopa. A própria panela é colocada sobre um guardanapo dobrado em cima de um prato maior, que vai assim para o living. Informal requer boa aparência: guardanapos de tecido com descartáveis dentro ajudam àquelas que estão usando batom a não macular o tecido.
Sem perder as boas maneiras
Toma-se sopa com a colher de lado, e não pelo bico, como quem sorve um xarope; o prato convencional de sopa é servido sobre um prato raso, e o bowl num menor, de sobremesa, para colocar a colher. Se a sopa estiver muito quente, mexa com a colher, sem assoprar.
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A mansão dos Destemperados, na esquina da Marquês do Herval com Barão de Santo Ângelo, estava cheia no primeiro fim de semana de sua inauguração. Diogo Carvalho, Diego Fabris e Lela Zaniol recebiam os muitos convidados num ambiente de alegria e predomínio de gente jovem. A mansão em estilo colonial português foi construída pela sra. Lourdes Noronha Coelho Borges nos anos quarenta do século passado. Ela foi uma exímia anfitriã, mantendo sempre a casa movimentada pela família e pelos amigos.
A mansão agora está decorada por profissionais jovens, e os estofados pretos e as cadeiras de design delicado se harmonizam com o estilo da construção, em que aparece a beleza do piso de parquê. Aos sábados, no jardim, haverá sempre uma feirinha em miniestandes liderados por chefs, cada um com seu estilo, cozinhando com o mesmo ingrediente básico. No sábado em que visitei os Destemperados, era dia do arroz; internamente, estava sendo realizada uma aula de culinária sobre risotos.
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ETIQUETA NA PRÁTICA
Convívio com o ex
“Sou secretária na mesma empresa em que trabalha meu ex-namorado. A gente se dava muito bem e, de repente, ele terminou a relação e está com outra – que também trabalha ali. Estou pensando em mudar de emprego.” GISLAINE
> Pense que o desconforto atual vai passar. Se o ex trabalha muito perto de você, peça ao gerente para mudar de lugar, de modo a não ficar todo o tempo olhando o que ele faz. É uma prova de fogo que você supera sendo civilizada. Não deixe um bom emprego pela dificuldade desse convívio. Se for época de tirar férias, aproveite para passar alguns dias fora do ambiente de trabalho.
Palito na mesa
“Não usamos palito à mesa, mas outro dia apareceu um colega do meu marido perguntando se havia palito. Fiquei pasma, mas fui buscar palitos na cozinha e dei-os a ele na própria caixinha. Errei?” ISABEL
> Todo convidado deve respeitar os hábitos da casa; assim, quem errou foi o próprio, que desconhece a boa educação e ainda usa palito. O lugar de palitos é no banheirinho social ou no banheiro à disposição de todos na casa. Deve ficar bem à vista, junto dos comprimidos digestivos numa bandejinha. Se tivesse se precavido, poderia ter dito onde encontrar palitos para usá-los “com mais conforto”.
