Presente sempre bem recebido é um pacotinho ou uma lata de chá. O comércio de Porto Alegre está bem sortido de chás e utensílios para o seu preparo. Sem entrar no ritual das casas de chá japonesas, pode-se revestir o serviço de chá com qualidade e elegância. Além de usar água filtrada fervida na ocasião, verta-a sobre a erva para o aroma desprender-se melhor. Bastam três minutos em infusão. O chá em sachê é apresentado na bandeja com o bule de água fervente para vertê-la sobre o envelope que, após o uso, é colocado num pratinho.
Se o chá pronto for servido no bule, não se esqueça de aquecê-lo antes com água quente. Quem gosta de chá não o toma com açúcar ou adoçante, para sua melhor degustação. Jamais se pergunta à pessoa com quantas colheres ou gotas ela prefere o seu chá. A bandeja é servida com o bule, as xícaras, um açucareiro, o adoçante, colheres.
Na casa da minha família tomavam chá com leite, um hábito alemão, mas acredito que nem todos os chás combinariam hoje com essa mistura. E há infinitas variedades. O chá da Índia, mais seco, é o que melhor se presta, a começar pela cor neutra. Era hábito nas tradicionais famílias gaúchas de origem portuguesa servir chá às 21h30min da noite, pouco antes de as visitas familiares se despedirem. Sempre com bolo e biscoitos.
Há pecados contra a elegância de maneiras os quais vale a pena lembrar.
- Pegar a asa da xícara deixando o dedo mínimo esticado, inclusive homens o cometem.
- Sugar, fazendo barulho, ou soprar, sob pretexto de o chá estar muito quente.
- Não usar o guardanapo ao comer bolo com o chá.
- Mesmo sem açúcar, o chá deve ser servido com a colherzinha.
- Nunca deixar a colherzinha dentro da xícara, mas no pires.
ONTEM
Há muita coisa positiva na evolução dos costumes, principalmente no que se refere aos compromissos inerentes à vida social. Fazia-se muita visita de pêsames, até de cerimônia, numa fase difícil em que as pessoas em consequência da perda queriam preservar sua intimidade. Os preconceitos
com as aparências eram maiores. O luto era cultivado. O costume de usar preto – privação da luz – surgiu no Império Romano
HOJE
A partir da metade do século passado, foi iniciada a abolição do luto exterior, ainda que as mulheres da família não usem cores berrantes e estamparias no velório. Ficam sempre alguns resquícios de antigos costumes, especialmente quanto às cores, que sabidamente têm significados culturais. Usa-se hoje, quando não foi possível ir ao velório ou à missa de sétimo dia, telefonar para manifestar pesar, deixando passar alguns dias, ou enviar um e-mail. Hoje, elogia-se a força e a energia com que se enfrenta uma perda.
ETIQUETA NA PRÁTICA
Envie sua pergunta para a Celia: contato@revistadonna.com
ANIMANDO A CONVERSA
"Sou um homem que fala pouco por natureza. Minha mulher se queixa de que não contribuo para animar o ambiente quando recebemos amigos em casa. Como posso mostrar que estou contente por eles estarem conosco?" EGYDIO
- Ser atencioso com as visitas, servi-las de bebidas e, principalmente, olhá-las quando falam, sorrindo nas horas certas, é participar da reunião. Ao fazer, de vez em quando, perguntas sobre o assunto abordado, você também alimenta uma conversa. Pode estar certo de que você é mais agradável do que os prolixos - que, em seus monólogos, não deixam ninguém falar.
SELECIONAR SÓ O RECHEIO
"Participei de um happy hour só com drinques e sanduiches em que uma convidada, alardeando estar em dieta para emagrecer, colocou dois sanduiches no pratinho, abriu-os, retirou com um minigarfo o recheio, comeu-o e devolveu as fatias de pão para a travessa dos sanduiches na mesa. E ninguém disse nada." BERENICE
- Mas dizer o que diante de tal atitude? Passada a cena, tratando-se de uma amiga íntima ou um adolescente, pode-se colaborar explicando reservadamente que não se devolve à travessa o pão manuseado.