Montevidéu é uma boa opção de diversão tanto no inverno quanto no verão. Se em tempos de calor a grande atração são as praias, na época de temperatura amena a diversão é descobrir a gastronomia, os museus e os prédios históricos da capital uruguaia. De preferência, o passeio deve ser feito a pé.
Às margens do rio da Prata, a Suíça da América Latina, como já foi chamada pelo padrão de vida, pode começar a ser conhecida pela praça Independencia, com seu monumento em homenagem ao general Artigas. O local abriga a Puerta de la Ciudadela, herança da época colonial, quando a cidade era cercada por uma muralha.
Passando pelo portal, vai-se em direção à Ciudad Vieja, zona que preserva a maior riqueza histórica de Montevidéu, com muitas construções coloniais. Pelas redondezas, há museus, galerias de arte, cafés e antiquários. Seguindo pela Calle Sarandí, chega-se à praça Matriz e à Catedral, erguida em 1810. Para quem gosta da noite, o bairro antigo também reserva bares e boates.
De volta à praça Independencia, vale uma conferida no Palacio Salvo, que já foi hotel e o maior arranha-céu da América Latina, de formas curiosas. Pertinho dali, fica o Teatro Solís, datado de 1856 e revestido de mármore na fachada, imitando o Partenon grego. Da Independencia, também dá para começar uma boa caminhada pela avenida 18 de Julio, artéria de Montevidéu que concentra livrarias, lojas de câmbio, roupas e discos. A via leva ao Estádio Centenário, palco da primeira final de Copa do Mundo, em 1930.
O passeio pela capital do Mercosul não pode deixar de incluir a Rambla, a avenida “beira-mar” que serve de referência para circular por Montevidéu. São 22 quilômetros que passam diante de uma sequência de praias, com largas faixas de areia e um calçadão. O visitante também é conquistado pelo estômago no Uruguai. Chivitos e panchos são encontrados por todo lado, mas é indispensável conhecer o Mercado del Puerto, que abriga restaurantes de parilla com os assadores à mostra. Ele foi construído há 140 anos e hoje é um centro gastronômico que preserva o piso de pedras, as arcadas metálicas e um antigo relógio de madeira ao centro. Enquanto o visitante saboreia os pratos típicos, músicos de violão em punho tocam milongas e tangos. Do lado de fora, há um calçadão onde os artesãos mostram seu trabalho.
Fora da zona central, um dos lugares que valem a visita é o Cerro de Montevidéu, de onde se tem a melhor vista de todas da cidade e do rio da Prata.
No alto dessa colina, há um forte (foto) construído pelo espanhóis, que hoje é um museu de armas. Inclua no passeio periférico os bairros de Carrasco, com suas belas mansões, e Pocitos, com seus pubs e restaurantes propícios para uma esticada noturna. Falando em noite, Montevidéu reserva bons locais para se conhecer o candombe (ritmo popular do Carnaval afro-uruguaio) e o tango. Ou, quem sabe, até os dois juntos.
* Luiz Roese viajou a convite da Pluna Linhas Aéreas e da Upgrade Turismo.
Montevidéu é logo ali
Redação Donna
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