Aos 38 anos, a humorista e apresentadora Tatá Werneck optou pelo congelamento de óvulos para manter aberta a possibilidade de ter mais filhos no futuro. Ela já é mãe da pequena Clara Maria, de dois anos, fruto de seu casamento com o ator Rafael Vitti.
Tatá fará o procedimento nas próximas semanas e confirmou a notícia em uma publicação nas redes sociais, após o colunista Leo Dias, do portal Metrópoles, publicar a informação. Bem-humorada, a artista escreveu:
"Eu li e fiquei com medo de estar grávida já, porque você descobre sempre tudo meia hora depois de mim (risos)".
Em seguida, explicou suas motivações para passar pelo procedimento:
"Quero ter mais bebês quando tudo estiver mais calmo mesmo... E, agora, me dedicar a minha neném", contou.
A técnica de congelar óvulos vem crescendo no país e permite que as mulheres adiem a maternidade. Embora esteja um pouco mais acessível financeiramente, o custo ainda é elevado e o procedimento não é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde.
Descoberto mais ou menos com os avanços da fertilização in vitro, o procedimento se tornou viável há pouco mais de 20 anos, quando a tecnologia passou a permitir a preservação das células com eficiência e segurança. A técnica foi difundida para conservar a fertilidade de pacientes oncológicas, cujos ovários são atingidos pelos tratamentos de quimioterapia.
A eficiência da técnica abriu a possibilidade para o que é chamado pelos especialistas de "congelamento social", ou seja, feito por mulheres saudáveis que desejam adiar a maternidade. Se colhidos até os 35 anos, os óvulos apresentam boa qualidade e as chances de resultarem em embriões saudáveis são grandes. Mesmo pacientes com mais de 35 anos conseguem guardar óvulos saudáveis, embora eles tendam a amadurecer em menor quantidade com o avanço da idade.
O congelamento de óvulos precisa ser feito em clínicas de reprodução assistida, que fazem os procedimentos de aspiração e conservação das amostras em tanques de nitrogênio. Os valores variam de clínica para clínica e incluem os medicamentos que precisam ser administrados para a indução da ovulação e para a maturação dos óvulos, que são bastante caros – um procedimento bem-sucedido pode variar entre R$ 9 mil e R$ 30 mil em média, ou até mais, dependendo da clínica e dos remédios necessários.