Ana Hickmann usou as redes sociais nesta terça-feira (10) para desabafar sobre o novo julgamento do cunhado, o empresário Gustavo Correa, acusado de matar Rodrigo Augusto de Pádua, que se dizia fã e e planejou atentado contra a apresentadora, em 2016, no Hotel Caesar Business, em Belo Horizonte. Ele tinha sido absolvido em primeira instância e nesta terça-feira (10) a Justiça de Minas Gerais manteve a absolvição.
"Mais uma vez a justiça foi feita", escreveu a apresentadora em sua conta no Instagram. "Obrigada por todos que oraram , por todos que torceram, obrigada por cada mensagem de apoio e carinho", agradeceu a gaúcha.
Segundo o portal G1, Gustavo Correa acompanhou o julgamento do recurso contra ele no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que começou por volta das 13h30. O primeiro voto do relator, o desembargador Júlio César Lorens, foi pela manutenção da absolvição. Os outros dois votos seguiram o relator.
Relembre o caso
Em 21 de maio de 2016, Ana, Corrêa e Giovana — então esposa de Correa, que trabalhava como assessora da irmã apresentadora — estavam hospedados em um hotel em Belo Horizonte quando foram abordados por Rodrigo Augusto de Pádua, que se identificava como fã de Ana.
Segundo informações no inquérito, Rodrigo foi ao hotel com um revólver porque fora bloqueado das redes sociais da apresentadora, a quem mandava mensagens insistentes. Ele tomou os três como reféns em um quarto e, segundo afirmou Corrêa em interrogatório, acionou o gatilho para fazer "roleta russa" (atirar de forma aleatória com apenas uma bala no revólver). A apresentadora desmaiou, o invasor se irritou e atirou na direção dela, acertando Giovana.
Após o tiro, Corrêa saltou sobre Pádua para tomar a arma. Já no chão, após luta corporal, ele pegou o revólver e deu três tiros na nuca do invasor, que morreu. As duas mulheres já haviam deixado o quarto, e o cabeleireiro da apresentadora, Júlio da Silva, estava do lado de fora do quarto e ouviu a disputa.
Após ser baleada, Giovana ficou internada no Hospital Biocor em Minas Gerais e, depois foi transferida para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ela teve alta no dia 2 de junho de 2016.
Gustavo foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais por homicídio doloso, quando há a intenção de matar, sob o argumento de que houve excesso na legítima defesa. À época, o promotor Francisco Santiago disse que seu argumento estava fundamentado no local em que haviam sido dados os tiros, na parte de trás da cabeça.
— Onde é que foram dados os tiros? Na nuca de alguém. Como eu posso entender legítima defesa com quem dá três tiros na nuca de alguém? (...) A legítima defesa exige que você tenha moderação na sua ação. A lei não diz que você pode matar. A lei diz que você pode se defender, mesmo que tenha que matar. A vítima estava dominada — afirmou.
Em abril do ano passado, Gustavo foi absolvido da acusação de homicídio. A juíza avaliou que ele agiu em legítima defesa. Sobre o excesso, escreveu que "não era exigível comportamento diferente de Gustavo", já que "utilizou do meio que dispunha para se defender (a arma trazida pela própria vítima)."