O cinema cumpre sua função quando nos deixa sem palavras, arrebatados. Porém, mesmo que as palavras pareçam insuficientes, tentarei contar um pouco do que senti quando eu estava no escuro da sala do cinema, de frente para Timothée Chalamet, que eu nunca tinha visto atuar (e nem sei se ele estava atuando, pois dizem que o verdadeiro ator não atua, ele é o personagem). Então, corrigindo: estava eu ali diante de Elio, um garoto de 17 anos passando um verão tedioso em uma vila italiana, matando o tempo ao piano, lendo um livro atrás do outro, tomando banho de rio e iniciando-se sexualmente com uma garota da idade dele, até que surge Oliver, 24 anos, um americano que passará seis semanas como hóspede na casa da família de Elio. E acontece o incontrolável: um sentimento.
AMOR
Me chame pelo seu nome
Não é o amor encomendado a que nos habituamos, aquele que chega e nos encontra predispostos a acomodá-lo numa idealização prévia, aquele que se apresenta e a gente o captura para que acalme nossa ansiedade
Martha Medeiros
Enviar email