Lá pelas tantas em Era Uma Vez em... Hollywood, o novo filme de Quentin Tarantino que está em cartaz em várias salas de Porto Alegre, Brad Pitt sobe no telhado para consertar uma antena. Estamos na ensolarada Califórnia, todo mundo de roupa leve, decotada, curta, diáfana. É então que, sem avisar os cardíacos, Brad tira a camisa. E há quem não consiga sufocar um "Minha Nossa" diante daquele tórax de quase 56 anos.
Minha Nossa mesmo. Deus conserve. E quem assistir ao filme comprovará que não estou usando o nome d'Ele em vão.
O tórax do Brad me lembrou que, há alguns dias, minha editora Thamires sugeriu um assunto para a coluna. Na matéria que ela mandou, a atriz Kelly McGillis, par do Tom Cruise em Top Gun, de 1986, contava não ter sido convidada para a continuação do filme. "Estou velha, gorda e aparento os 62 anos que tenho. E isto não combina com o que aquele cenário quer mostrar".
Em mais um Exterminador do Futuro (socorro), ao lado do mesmo Arnold Schwarzenegger, hoje com 72 anos, está a mesma Linda Hamilton que fez a Sarah Connor original, lá no filme de 1984 - quando o que virou uma interminável franquia ainda tinha graça. Aos 62 anos, Linda volta linda às telas. Bem que o filme poderia se chamar Exterminador do Futuro - A Vingança da Melhor Idade.
Verdade. Se Tom, George, Johnny & companhia não perdem papéis por causa da idade, é fato que as namoradas dos protagonistas sempre são muito mais jovens do que eles - tiozões envelhecendo bem com a ajuda da medicina e dos filtros de câmera. Desculpe me repetir, isso já foi assunto aqui. Vendo as fotos atuais da Kelly, que segue atriz, mas que não segue os padrões estéticos do cinema, é de se pensar que ela não seria convidada nem para ser a mãe do Tom Cruise. Cabelos brancos, corpo mais pesado, todas as rugas que os 60 trazem. Se no filme houvesse o papel de mãe do Tom Cruise, 57 anos, é mais provável que a contratada fosse Catherine Zeta-Jones, 50 anos. Estamos em Hollywood, afinal.
Mas às vezes até Hollywood surpreende. Em mais um Exterminador do Futuro (socorro), ao lado do mesmo Arnold Schwarzenegger, hoje com 72 anos, está a mesma Linda Hamilton que fez a Sarah Connor original, lá no filme de 1984 - quando o que virou uma interminável franquia ainda tinha graça. Aos 62 anos, Linda volta linda às telas. Bem que o filme poderia se chamar Exterminador do Futuro - A Vingança da Melhor Idade.
Também Jamie Lee Curtis, que ficou conhecida por um daqueles filmes dos anos 1980 em que um psicopata surge para provocar gritaria e mortandade, não necessariamente nessa ordem, voltou 40 anos depois em uma continuação do mesmo Halloween e vem aí de novo em Halloween 2020. É chato, eu sei. Insuportável, eu diria. Mas a parte boa é que a mesma atriz que foi estrela em 1978 ainda tem papel garantido e é uma das poucas que não morre no final. Se morrer, periga reencarnar, a danada, só para não perder o papel.
Para encerrar a coluna com otimismo, alguns nomes. Sônia Braga. A própria Zeta-Jones. Courteney Cox. Jennifer Aniston. Demi Moore. Kathy Bates. Diane Keaton. Sharon Stone. Cássia Kis. Lilia Cabral. Julianne Moore. Carla Bruni. Julia Roberts. Madonna. Susan Sarandon. Angelina Jolie. Meg Ryan. Octavia Spencer. Sandra Bullock. Meryl Streep. Zezé Motta. Fernandona e Fernandinha. Viola Davis. Kate Winslet. Oprah. Anjelica Huston. Michelle Pfeiffer. Monica Bellucci. Adriana Esteves. Naomi Watts. Sarah Jessica Parker. Xuxa. Glória Pires. Debora Bloch. Patricia Pillar. Atrizes, cantoras, apresentadoras que já não cozinham na primeira fervura e não entregam a rapadura. A todas elas, o meu mais sincero Minha Nossa. Deus conserve.
E tira essa de letra, Kelly McGillis.