Símbolo da revolução dos costumes convencionais, de liberdade feminina, a minissaia nasceu ao final da revolucionária década de 1960 pelas mãos da estilista inglesa Mary Quant como uma poderosa ferramenta de empoderamento feminino e se mantém assim até hoje.
Sim. Muito mais do que alguns simples centímetros de tecido, a minissaia sempre traz um algo a dizer. Agora, regressa às tendências sem perder essa essência deliciosamente transgressora e ainda surge como um instrumento de representação para a diversidade, ultrapassando regras de corpos perfeitos e idades ideais muitas vezes antes associados, mesmo que erroneamente, ao seu uso.
Coisa boa, né, toda mulher, seja ela como for, onde estiver, a idade que tiver, pode usar minissaia. Tenho coxas grossas, posso? Óbvio. Passeio dos 50 anos, veste bem em mim? Claro. Trabalho em um ambiente formal, será que fica bem? Sem dúvida alguma. A única pergunta que faz sentido para adotar esta peça é: "eu me sinto bem com ela?". Se sim, bora lá. E escolha entre o menu extenso de opções a que mais representa a sua personalidade e faz sentido no ambiente que você circula.
As minissaias podem ser glamurosas, em tecidos com brilho, repletas de audácia, combinando com peças despojadas para criar o cobiçado contraste tão a cara do agora em qualquer hora do dia ou com algum complemento igualmente dramático para encontros mais especiais. Podem ser esportivas, em materiais casuais, como o moletom, perfeitas para momentos descontraídos ou ambientes menos tradicionais de trabalho. Podem ser elegantes, em construções que abraçam a alfaiataria e fazem bonito em um office look, inclusive imprimindo um toque de ousadia ao bem-comportado tailleur. Podem ser em jeans, como um ponto de casualidade em looks de alfaiataria ou combinando com moletons de igual conforto e estilo. Escolha a sua e arrase!
Falar de Mary Quant é falar de minissaia, peça de roupa que escandalizou os puritanos e que ao contrário, conquistou as mulheres, tanto que se transformou em bandeira de sua libertação. Agora, quando sua criadora completa 85 anos, a minissaia vive uma eterna juventude.
A década de 60 foi marcada por anos de otimismo, liberdade e agitação social. A rua demandava mudanças e modernidade e a mulher sentia a necessidade de se libertar, motivos pelos quais a estilista britânica Mary Quant usou a tesoura e cortou 15 centímetros de saia.
"A minissaia não surgiu de uma maneira consciente: foi uma explosão, uma necessidade, a juventude pedia a gritos", declarou publicamente Mary Quant, que utilizou uma margarida como símbolo da revolução juvenil.
Este corte atrevido e também transgressor revolucionou a moda e transformou a minissaia em uma ferramenta de empoderamento para a mulher, em uma época na qual era impensável mostrar os joelhos.