Em uma novela que traz no elenco nomes como Gloria Pires, Tony Ramos e Cauã Reymond, não é fácil se destacar. Mas Amaury Lorenzo conseguiu o que parecia impossível e fez de seu Ramiro o melhor personagem de Terra e Paixão.
Aqui, vale lembrar que o ator estreante recebeu uma enxurrada de ameaças e mensagens de ódio ao ganhar o troféu de revelação de 2023, no Melhores do Ano, do Domingão com Huck. Fãs de Clara Moneke, que também concorria na mesma categoria, destilaram seu ódio, levando até a atriz a pedir que parassem. Pois eu digo, sem medo de ser cancelada, que Amaury mereceu esse e todos os prêmios que possam vir pela frente. Kate, de Vai na Fé, foi adorável, mas nada se compara às nuances de Ramiro na trama das nove.
Ator de primeira
O talento de Amaury Lorenzo se provou desde o início da trama, quando muitos diziam que seu personagem era o "alívio cômico" da novela, ao lado de Kelvin (Diego Martins). Com o passar do tempo, Ramiro mostrou muitas outras camadas. A descoberta de sua sexualidade e a negação disso, o conflito entre seguir ordens do patrão ou fazer o que é certo, até o início de sua redenção nos capítulos mais recentes, todo esse processo ao longo dos meses torna Ramiro um tipo complexo, defendido com primor por um ator talentosíssimo, que tem tudo para marcar seu nome na história da teledramaturgia.
Menção honrosa para Diego Martins, afinal, Ramiro não seria nada sem Kelvin, e vice-versa. O próprio Amaury dedicou o prêmio no Domingão ao colega, exaltando a parceria dentro e fora de cena. Lindos demais!