O Ministério Público do Rio de Janeiro arquivou uma notícia de crime feita contra Bruna Griphao. A denúncia acusava a participante do BBB 23 de ter cometido racismo contra Fred Nicácio enquanto ele ainda estava confinado. A informação é do portal Notícias da TV, do Uol, que teve acesso aos documentos. O promotor de Justiça diz que há falta de provas para sustentar a acusação.
O advogado William Faintych, autor da queixa, apresentou links de reportagens e vídeos em que Bruna chama Nicácio de "urubu de luto". Segundo ele, a expressão dita pela atriz teve cunho racista, já que o "urubu é um animal de cor negra/preta, e que o momento de luto também"
"Se a intenção de Bruna era comparar Fred Nicácio a um animal oportunista, poderia ter dito que o mesmo era uma raposa vermelha, ou que era um jacaré", defende o advogado, que não tem vínculo com o médico.
A decisão foi publicada nesta segunda (20) pela 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Rio de Janeiro. Nela, é citado que houve uma má interpretação das palavras ditas pela atriz, que teria se referido aos hábitos alimentares de um urubu, e não à cor do animal.
"Não há como se comprovar o dolo racista de Bruna, e sequer que houve efetiva injúria em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional. Com efeito, a expressão utilizada evidentemente não está atrelada à cor negra do urubu, mas sim aos hábitos alimentares de tal animal, notadamente de se alimentar de carnes de animais mortos em decomposição", justifica o promotor Yan Portes Vieira de Souza.
"Afinal, 'urubu de luto' se refere a uma atitude oportunista, ou seja, um urubu que estaria manifestando luto por um animal morto, aproximando-se do cadáver, pronto para, em seguida, comer o seu corpo", diz ele.
A equipe de Bruna Griphao e seu advogado disseram que analisaram as imagens da noite da festa e foram contra as acusações. "Qualquer cidadão comum pode noticiar um fato às autoridades. No entanto, existe um abismo entre a notícia de um suposto acontecimento e, de fato, esse ocorrido ser um crime", publicaram em um comunicado nas redes sociais.