Pedro Pascal já tinha 39 anos quando uma cena sua na pele de Oberyn Martell tirou o fôlego dos espectadores de Game of Thrones. Na série, o personagem se oferece para uma batalha contra o enorme guerreiro Montanha, sedento por vingar a morte da irmã, e vence o tamanho do oponente com agilidade, derrubando-o no chão. Ao se distrair por um momento, porém, ele acaba levando uma rasteira e sendo esmagado (literalmente) pelo rival.
Oberyn foi o primeiro grande papel de Pedro Pascal, hoje com 47 anos. Antes, o ator trabalhava mais no teatro e em séries menores como The Good Wife, CSI e The Mentalist. Após Game of Thrones, porém, sua carreira deslanchou: o vimos como Javier Peña em Narcos, da Netflix; como o Mandaloriano em The Mandalorian, da Disney; e, mais recentemente, como Joel em The Last of Us, o novo hit da HBO.
Estando em algumas das franquias mais amadas da TV, o chileno se tornou o novo "queridinho" do universo geek, e vem arrancando elogios do público e da crítica.
A seguir, GZH elenca algumas curiosidades sobre Pedro Pascal.
Família exilada
Pedro nasceu em Santiago, no Chile, em 1975. Na época, o país vivia a ditadura de Augusto Pinochet, à qual seus pais eram contrários. Por conta disso, a família precisou pedir exílio quando ele ainda era bebê, indo primeiro para a Dinamarca e depois para os Estados Unidos.
— O primo da minha mãe era importante na oposição contra o regime militar, mas havia uma grande diferença entre ele e meus pais. Ainda assim, ajudar alguém se esconder ainda te colocava em apuros — explicou o ator, em entrevista à Time.
Ainda que a família tenha retornado ao país de origem em 1995, Pedro se estabeleceu em terras norte-americanas. Lá, fez faculdade de Artes Cênicas em Nova York e começou a carreira de ator.
Anos de perrengue
Pedro Pascal não é daquelas figuras cujo amadurecimento acompanhamos através das telas. Nos seus vinte e poucos anos, faixa em que astros como Brad Pitt e Leonardo DiCaprio estavam emendando papéis de "mocinho", o chileno era desconhecido pelo grande público. Foram anos de perrengue, conforme ele descreveu à revista Wired:
— Eu estava trabalhando constantemente e era uma luta típica, mas sempre havia alguém para me socorrer, para me ajudar a pagar meu aluguel ou me ajudar a comprar mantimentos.
Estrela engajada
Por conta desse apoio, que segundo ele vinha da irmã e de colegas do teatro, Pascal tem sentimentos dúbios quanto ao estrelato. À Wired, ele revelou que, como uma figura pública, se sente no dever de contribuir para a sociedade, ao mesmo tempo em que a riqueza o deixa constrangido.
— Minha esperança pessoal é aproveitar a oportunidade de servir de maneira verdadeira. Estou de olhos abertos. A verdade é que não acho que faço o suficiente. Eu sou um liberal, mas tem contradições aí também, porque a gente vive no capitalismo. Acho que carregamos, sabe, o peso dessa vergonha?
É por isso que Pedro costuma se posicionar politicamente em favor dos desfavorecidos — seja em relação a raça, gênero ou condição financeira. Em 2020, por exemplo, ele fez uma publicação em seu Instagram homenageando a irmã, Lux, que havia se assumido transgênero. No ano passado, ele apoiou a aprovação da nova constituição chilena e, paralelamente, criticou a decisão da Suprema Corte americana de derrubar uma lei federal que garantia o direito das mulheres ao aborto.
Sem filhos, só sobrinhos
Ainda que seja chamado de "daddy" pelos fãs das franquias em que atua, porque geralmente interpreta uma figura paterna, Pedro não tem filhos e também não é casado. Nas redes sociais, ele costuma publicar fotos de seus sobrinhos.