Queridinha do público, Grey's Anatomy é conhecida por trazer à tona diversas discussões sobre questões que permeiam a sociedade atual. A trama também já protagonizou um experimento social, sem conhecimento dos fãs.
Conforme relevado recentemente pelo site Cheat Sheet, tratava-se da tentativa de mudar a percepção das pessoas em relação aos efeitos do HIV em bebês de pais com o vírus. No 13º episódio da quarta temporada, a personagem Izzie Stevens, interpretada por Katherine Heigl, encontra o casal Sarah e Freddie. Após alguns exames, descobre-se que a mulher está grávida. Contudo, ela também é soropositiva.
O casal informa que gostaria de realizar um aborto, pois não quer que o bebê tenha HIV. Izzie, no entanto, afirma que eles podem ter um filho saudável. Sarah não acredita na médica e insiste que ela está apenas dando esperanças para Freddie.
Mas Izzie também não desiste e faz um novo discurso para explicar aos dois que há 98% de chance de que o bebê seja perfeitamente saudável. Com essa informação em mente, o casal opta por ter o filho.
O experimento social, que buscava entender o potencial de séries de TV para educar o público sobre saúde, acabou se provando um sucesso. Conduzida pela Fundação da Família Kaiser (Kaiser Family Foundation, KFF), a pesquisa constatou que, seis semanas após a exibição do episódio, muitos espectadores se lembravam da informação que Grey's Anatomy deu sobre HIV.
A organização reconheceu um aumento de 45 pontos percentuais no número de pessoas conscientes sobre a relação de gravidez com HIV. "Sobre o fato-chave apresentado no programa — que uma mulher grávida soropositiva que recebe o tratamento adequado tem mais de 90% de chance de ter um bebê saudável — a proporção de espectadores que sabiam desse fato quadruplicou", diz o estudo.