A família de Rian Brito, neto de Chico Anysio, ainda busca respostas para a trágica morte do rapaz. Encontrado morto no litoral do Rio de Janeiro, após dez dias desaparecido. O laudo apontou a causa da morte como afogamento.
No entanto, a mãe de Rian tenta entender as mudanças de comportamento do filho no último ano. Segundo ela, o jovem passou a frequentar a seita Porta do Sol e participar de rituais envolvendo o uso do chá de Ayhuasca (conhecido como "Santo Daime").
Brita Brazil contou ao Extra que o filho ficou mais introspectivo, passou a fazer jejum e meditação em excesso, sintomas decorrentes do uso do chá.
– Ele perdeu sentido de tempo, grana, de absolutamente tudo.
A mãe de Rian publicou uma carta aberta dirigida à atriz Leona Cavalli, fundadora da seita no Rio de Janeiro. O texto, segundo Brita, é um desabafo e um alerta sobre o uso desenfreado da Ayhuasca:
"O que queria fazer, repetindo seu nome e te convidando para a primeira fila do crematório do meu filho, era pra que vc tomasse consciência do estrago que o chá de Ayhuasca pode gerar a uma família. Era pra você sentir por uma hora na pele, o que sentirei para toda curta vida que me resta. E, principalmente, que parasse não só você, como todas as Igrejas do Brasil, a fornecer esta química para as pessoas. Muitas pessoas podem ser alérgicas, incompatíveis quimicamente e disparar algo terrível em suas mentes pro resto de suas vidas."
Publicado por BRita BRazil em Segunda, 7 de março de 2016
Morri dia 3 de março de 2016. O q ficou foi uma mãe, tentando alertar a todas as outras, e a todos jovens que não tomem...
Indignada com as acusações da família de Rian, Leona Cavalli disse ao Extra que pretende ingressar com um processo judicial:
– Isso é um absurdo. Mas eu não posso entrar nessa questão agora, ele foi cremado ontem... De toda maneira, eu só posso te dizer que esse é um sacramento regularizado no Brasil e inscrito no Congresso Nacional Antidrogas. Isso que ela está falando, ela está falando por uma visão dela. Eu sinto muito realmente, fico muito tocada com a dor dela. Preferia não ter que fazer isso. Mas, infelizmente, chegou num ponto absurdo, e eu vou ter que tomar medidas jurídicas e criminais. Vou ter que processar.
* Diário Gaúcho