Há algum tempo, sem a menor maldade na alma, publiquei um artigo na internet em que classificava o uso da forma hum (em vez de um) em cheques datilografados como uma "burrice amazônica". Para quê! Mal cheguei a esfregar o olho e uma leitora, muito educada, veio, com luvas de pelica, dar-me um puxão de orelhas: "Caro professor: Gosto muito da forma como se dirige aos seus leitores, e por isso mesmo fiquei espantadíssima com a expressão burrice amazônica na resposta sobre o uso da grafia hum. O Prof. não foi feliz em escolher aquele adjetivo, que me pareceu extremamente preconceituoso contra esta região espetacular do Brasil. Os manauaras não merecem, nem de leve, qualquer pequena insinuação contra eles, nem que seja provocada por uma interpretação errônea. Desculpe-me a ousadia da sugestão, mas acho que uma nota esclarecedora seria uma atitude elegante e justa".
Coluna
Cláudio Moreno: Mal-entendidos
Agora, nunca me verão falando mal de qualquer região do Brasil e de seus habitantes em geral, porque critico no varejo, nunca no atacado