Gênero que formatou o som dos anos 1980, o synthpop voltou com força no início do século 21, reinventado por uma corte de princesinhas britânicas. Entre as mais incensadas, está Charlotte Emma Aitchison, ou Charli XCX, que se apresenta neste sábado no MECAFestival.
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Charli, 21 anos, foi de promessa a realidade em pouco tempo. Depois de gravar singles que se tornaram sucesso em clubes de Londres entre 2008 e 2010, franqueou sua entrada no mainstream ao escrever o hit I Love It para o duo Icona Pop, em 2012. Contratada por uma gravadora, lançou no ano passado o debut True Romance, que a colocou para excursionar pelo mundo.
Em sua estreia no Brasil, Charli vai tocar canções de True Romance, do EP You're the One e, quem sabe, alguma faixa do próximo disco. Confira a entrevista que a cantora concedeu via e-mail ao Segundo Caderno.
Zero Hora - É sua primeira vez no Brasil. O que você espera encontrar por aqui?
Charli XCX - Espero loucurada, festa e sol. Só ouvi coisas maravilhosas sobre o seu país.
ZH - Você conhece algo da nossa música?
Charli - Amo Bonde do Rolê. Estou muito empolgada para vê-los tocar!
ZH - Críticos musicais normalmente colocam você no mesmo balaio de Icona Pop, Sky Ferreira e Lord. Você concorda com isso?
Charli - A única coisa que eu acho que nos aproxima é que somos garotas fazendo música pop boa e inteligente. Cada uma de nós tem seu próprio caminho e está fazendo suas próprias coisas. Somos muito diferentes.
ZH - Onde você encontra inspiração para fazer sua música?
Charli - Em cores e filmes. Neste momento, estou inspirada por filmes como Paixão sem Limites (1993) e Slogan (1969) e por vídeos de músicas como Simply Irresistible e Addicted to Love, do Robert Palmer. Eu vejo música em cores. Este novo disco que estou compondo vai ser vermelho e branco.
ZH - Você acha que sua música mexe com as pessoas?
Charli - Eu acho que faz as pessoas se sentirem vivas. Nos meus shows, meus fãs são sempre muito livres, bonitos e maravilhosos. Eles fazem meu show ser mágico. Escrevo muito sobre romance e acho que, às vezes, isso ajuda as pessoas a aguentarem separações e tal. O que é ótimo de ouvir.
ZH - Você declarou à revista Spin que seu próximo disco será inspirado em Ramones, Hives e Weezer. Podemos esperar um álbum mais orgânico, com menos sintetizadores?
Charli - Com certeza. O disco é muito mais cru. É punk. Mas também pop. Estou muito inspirada e empolgada com a música que estou fazendo agora. É diferente de True Romance (primeiro disco da cantora, lançado em 2013), mas meus fãs irão entender. Ah, também me inspirei muito no pop dos anos 1960.