O domingo é de parceria inusitadas entre os artistas no Rock in Rio.
Após atrasar o show marcado para as 22h em meia hora - a cantora não gostou do resultado de um alisamento capilar -, Alicia Keys começou enfileirando hits e, para surpresa do público, chamou Maria Gadú ao palco para um dueto em Falling.
A neozelandeza Kimbra, conhecida pela participação no hit Somebody That I Used to Know, de Gotye, recebeu no Palco Sunset o Olodum para um tributo a Michael Jackson, no ponto mais alto de um show morno.
A britânica Jessie J., que volta ao Brasil depois de um show menor em 2011, fez um show repleto de covers no Palco Mundo. Empolgadíssima, pediu ao público que dançasse com estranhos e cantasse junto um medley oitentista de I found lovin', Ain't nobody, Emotions, Never too much e Abracadabra.
Banda de abertura do palco principal, o Jota Quest aproveitou o show para anunciar o nome de seu próximo disco - Funk Funk Boom Boom - e ecoar o clima de parceria ao convidar Lulu Santos ao palco para a clássica Tempos Modernos.
Mais cedo, no Palco Sunset, Ivan Lins reviveu, 23 anos depois, seu dueto com o americano George Benson, ainda um crooner de voz afinada e um guitarrista com suingue, que se valeu de velhos sucessos como Kisses in the Moonlight e In Your Eyes para manter a plateia - mais velha do que a das outras atrações - balançando.
Lins entrou em cena após três músicas, assumindo os teclados para cantar Novo Tempo, sendo acompanhado por Benson na guitarra.
Os portugueses do Black Mamba e cantora àurea abriram a programação do palco. A mistura inusitada, nesse caso, foi da nacionalidade dos músicos, portugueses, com a estética: um vocalista e guitarrista de visual texano, chapéu de caubói e sapatos brancos, e uma cantora loira e charmosa fazendo um soul pop bastante norte-americano.
Corpo de Bombeiros denuncia instalações médicas
Após o fechamento de uma lanchonete por vazamento de esgoto e da passagem de ratazanas (que assustaram o público que foi prestigiar Alicia Keys antes do início da apresentação), mais irregularidades foram apontadas na Cidade do Rock. O Corpo de Bombeiros, em vistoria, denunciou a falta de estrutura dos postos de saúde e unidades móveis de atendimento que deveriam estar disponíveis para o público. A organização do Rock in Rio informou ter disponibilizado sete postos de saúde, enquanto oficiais encontraram apenas seis. Somente 17 dos 25 médicos que deveriam estar atuando foram encontrados, e oito das 14 ambulâncias informadas estavam no festival.
Segundo dados oficiais, até ontem haviam sido realizados 1.054 atendimentos nos postos médicos -- 423 na sexta e 631 no sábado. Desses casos, três pessoas foram removidas na sexta e outras quatro ontem, mas nenhum caso grave foi registrado, segundo os organizadores.