Fundada em 1998 e longe dos palcos desde 2017, a Bidê ou Balde marcou o rock nacional nos anos 2000. Líder da banda, o cantor Carlinhos Carneiro decidiu comemorar os 25 anos do grupo com um show neste sábado (2), no Opinião, em Porto Alegre, a partir das 23h. Terá a companhia de ex-integrantes, como Rodrigo Pilla (guitarra) e Kátia Aguiar (tecladista), entre outros músicos.
A convite de GZH, Carneiro selecionou e comentou cinco músicas da Bidê ou Balde que considera essenciais:
"Melissa" (1999)
"Foi nosso primeiro single, que mudou minha vida para sempre. Depois dele, não deu mais pra brincar de fazer música, e o bagulho ficou sério."
"Spaceball" (do disco "Se Sexo É o que Importa, Só o Rock É Sobre Amor!", 2000)
"Essa não é tão badalada, mas é muito importante para mim. Foi o segundo single que lançamos, em 1999 também. A mistureba de referências — T.Rex, The Fall, Sonic Youth — serviam, e ainda servem, de cartão de visitas das esquisitices pelas quais prezávamos".
"Matelassê" ("Outubro ou Nada", 2002)
"Surpreendentemente, essa foi a mais pedida pelo público quando perguntei no meu Instagram que músicas não poderiam faltar no show de 25 anos. Foi composta para um editorial de moda, de uma edição de verão da antiga Revista da Atlântida, em 2001, e acabou entrando no nosso álbum Outubro ou Nada e virou tema de encerramento da saudosa série gaúcha POARS/VidAnormal."
"Bromélias" ("Outubro ou Nada", 2002)
"Nossa carta de saudade de Porto Alegre e das pessoas que havíamos deixado aqui quando a banda se mudou para São Paulo, em 2001. A música contou com um premiado clipe em plano-sequência, dirigido por Marcelo Nunes, e se tornou ainda mais clássica por figurar no Acústico MTV Bandas Gaúchas. Lembro até hoje do dia em que encontrei o baixista André Surkamp e o guitarrista Leandro Sá compondo os acordes que se transformariam em Bromélias, na sala da nossa casa em São Paulo. Fato curioso: dizem que ela foi plagiada pelos Strokes, que fez a música 12:51. Que chique!"
"Mesmo que Mude" ("É Preciso Dar Vazão aos Sentimentos", 2004)
"Ter feito uma música que as pessoas sempre dizem o quanto é importante para elas proporciona uma sensação indescritível de realização. Todas as ressignificações que essa música ganhou desde que foi lançada, passando do fim de relacionamento a um alento sobre a impermanência, me enchem de orgulho".