Foi onde Volmir Martins, 48 anos, iniciou sua carreira como trovador e cantor, no 35 CTG, em Porto Alegre, que familiares e amigos puderam se despedir do tradicionalista. O artista morreu na madrugada deste sábado (27) em um acidente de carro no interior de Getúlio Vargas, após retornar de um show com o grupo Os Monarcas no município de Áurea.
Conhecido por familiares e pessoas próximas como uma pessoa extrovertida, sempre de bem com a vida e disposta a ajudar todo mundo, Volmir deixa duas filhas e incontáveis amigos e fãs do tradicionalismo.
— Eu estou perdendo o meu pai, o tradicionalismo está perdendo um grande profissional e os amigos estão perdendo uma grande pessoa — diz a filha mais velha, do primeiro casamento, Giovanna Martins, que completa 18 anos no domingo (28).
A filha lamenta a perda precoce do pai, mas busca conforto ao pensar que “onde quer que ele esteja, está feliz ao ver quantidade de pessoas que o queriam bem e que estão aqui”.
— Ele era uma pessoa que não tinha quem não gostasse dele, a vida toda foi assim. Meu pai era muito trabalhador, muito guerreiro. Só tenho a agradecer por tudo o que ele me ensinou, por ter me ensinado a amar a nossa terra e por ter me feito colorada — recorda Giovanna.
Amigo de longa data, há mais de 25 anos, Cláudio Severo veio de São Paulo para se despedir do tradicionalista. Severo recorda de um refrão criado por Volmir, que fez sucesso entre os gaúchos:
— Um dia, ele estava na fazenda com o amigo dele, o Salvador. Aí tinha umas éguas passando por eles e o Volmir gritou: "Ataca as ééééégua, Salvador". Foi daí que surgiu e que ele resolveu transformar em música e usar em seus shows.
O corpo do tradicionalista será levado para Eldorado do Sul no início da manhã de domingo. Depois, será enviado para Venâncio Aires, onde será sepultado.