O consumo de música por streaming voltou a crescer em 2016 e se consolidou no mercado fonográfico. Segundo o relatório anual divulgado pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), na últimaa terça-feira, 23, o número de assinantes dos serviços de música por streaming (Spotify, Deezer, Google Play, Apple Music e Napster) chegou a 112 milhões no mundo inteiro apenas no ano passado.
Ainda de acordo com o relatório, o mercado de música gravada no Brasil, após quase três anos de crescimento, voltou a sofrer queda de 2,8%, influenciado pelo declínio nas vendas de CDs e DVDs musicais, cujo mercado varejista demonstra sentir com mais força os efeitos da crise econômica do País.
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O mercado digital, entretanto, caminha no sentido contrário. O consumo de streaming cresceu 52,4% no país em relação ao ano passado. Segundo o presidente da Pro-Musica Brasil, Paulo Rosa, o streaming já é o principal modelo de distribuição de música do setor fonográfico.
– Acontece no Brasil exatamente o que vem acontecendo em quase todos os mercados do mundo: crescimento significativo de assinantes de plataformas de streaming de áudio, combinando com elevação, embora num ritmo mais lento, das receitas com publicidade originadas em plataformas de streaming de áudio e vídeo. O mercado brasileiro de música já é predominantemente digital – afirma Paulo.
As receitas do segmento digital correspondem a 49% do total do mercado fonográfico, informou também o relatório.
– Se consideramos apenas o mercado físico (CDs, DVDs, vinil) comparado ao digital (streaming, downloads etc), a proporção é de 22,8% para o físico e 77,2% para o digital – conclui Paulo.
* Estadão Conteúdo