No primeiro fim de semana de Feira, me disse muitíssimo ao coração a fala do escritor israelense David Grossman, que esteve em Porto Alegre no domingo graças ao patrocínio da Braskem e à dobradinha Fronteiras do Pensamento e Câmara Rio-grandense do Livro, com a colaboração luxuosa do Theatro São Pedro.
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Dele, eu já havia lido A mulher foge, volume que conta a história de Orah, mulher que está sempre fugindo de um lugar a outro, evitando receber a notícia de que seu filho morrera no front. Grossman – que, em 2006, perdeu um filho, Uri, numa batalha ao sul do Líbano – é, ao lado do escritor Amós Oz, um dos maiores pacifistas e defensores do diálogo no Oriente Médio.
Enfatizando a necessidade de uma base harmônica (e possível) entre israelenses e palestinos, Grossman também falou sobre o ofício da escrita e sobre a busca do significado íntimo das palavras. Vale a pena procurar na praça seu livro mais recente, O inferno dos outros, lançamento da Companhia das Letras.