Os olhos claros fugidios da atriz italiana Laura Betti, em uma imagem ressignificada por um filtro sépia-alaranjado, anunciavam: a R$ 4, era possível adquirir um exemplar da edição nº 1 da Teorema – Crítica de Cinema. “Foi num daqueles finais de tarde modorrentos do verão porto-alegrense, em dezembro de 1999, que começou a surgir (a revista)”, descreve o editorial à página 3, assinado pelo Núcleo de Estudos de Cinema de Porto Alegre, “um punhado de críticos e pesquisadores inconformados com a falta de espaços adequados à reflexão sobre a sétima arte no Rio Grande do Sul”. A data estampada na capa, agosto de 2002, ao lado do rosto de Laura Betti, indicava que mais de dois anos haviam se passado até que a Teorema efetivamente se materializasse.
Artigo
Opinião
A grande viagem da crítica de cinema: após 20 anos, revista Teorema chega à última edição em papel
O futuro da publicação deve ser digital, e seu passado valoriza a reflexão como elemento fundamental do processo cinematográfico
Daniel Feix
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