Samuel L. Jackson defendeu o uso de palavras racistas em filmes de Quentin Tarantino. Ao jornal The Times, o ator argumentou que esses termos fazem parte do contexto histórico e condenou quando são usados em forma de piada:
— Eu acho que está tudo bem se a palavra for usada como um elemento da história, dos temas dela. Uma história de ficção é um contexto. Mas usar palavras derrogatórias só para arrancar uma risada de alguém? Isso é errado.
Ele condenou o uso desses xingamentos pelo podcaster Joe Rogan:
— Ele não deveria ter dito isso. Não é o contexto, cara. É que ele estava confortável fazendo isso. Diga que sente muito porque quer manter seu dinheiro, mas estava se divertindo e assuma que fez isso porque era divertido (segundo critérios do podcaster).
Jackson já atuou em algumas obras de Tarantino, como Django Livre (2012), filme ambientado em um período antes da abolição da escravidão nos Estados Unidos.
Ele lembrou de como o ator Leonardo DiCaprio se incomodou com alguns termos usados nas cenas:
— Quando estávamos ensaiando Django Livre, Leo DiCaprio disse: "Eu não sei se consigo dizer essa palavra tantas vezes em uma cena". Eu e Quentin respondemos a ele que era preciso.
A palavra em questão era um insulto racial direcionado a pessoas negras com teor altamente ofensivo e racista. É também conhecida como "the N-word" ou "a palavra com N", em tradução livre.
— Sempre que alguém quer um exemplo de uso exagerado dessa palavra, eles citam Quentin, e isso é injusto. Ele está apenas contando uma história, e os personagens falam daquele jeito.