Morreu, nesta sexta-feira (7), o ator, diretor e ativista Sidney Poitier, aos 94 anos. Bahamense-americano, ele foi o primeiro negro a ganhar o Oscar de melhor ator, em 1963, por seu trabalho no filme Uma Voz nas Sombras.
Em 2002, também tornou-se o primeiro negro a receber um Oscar honorário pelo conjunto de sua obra.
A morte do artista foi confirmada à imprensa internacional pelo Ministro das Relações Exteriores das Bahamas, Fred Mitchell. A causa e o local do óbito não foram divulgados pela autoridade.
A carreira artística de Poitier começou no teatro. Depois de deixar o Exército, ele conseguiu uma vaga no American Negro Theatre, onde conheceu Harry Belafonte, que se tornaria um grande amigo e companhia de luta pelos direitos civis negros. Após vencer o desafio de se desvencilhar de seu sotaque, ele logo foi escalado para papéis na Broadway.
Já no cinema, Poitier atuou também em filmes como Acorrentados - pelo qual foi indicado ao Oscar pela primeira vez, em 1959 -, Sementes de Violência, Ao Mestre, com Carinho, Adivinhe Quem vem para Jantar e No Calor da Noite. No longa que lhe rendeu o Oscar, Uma Voz nas Sombras, ele interpreta um homem que, ao encontrar um grupo de freiras, é tido por elas como um enviado por Deus para construir uma nova capela.
Em 2009, ele recebeu do ex-presidente Barack Obama a Medalha Presidencial da Liberdade, um reconhecimento por sua atuação em causas antirracistas. Fora do meio artístico, também atuou na diplomacia, sendo Embaixador das Bahamas no Japão entre os anos de 1997 e 2007.
Poitier foi casado por 45 anos com sua esposa, Joanna, com quem teve seis filhas. Entre elas, a atriz norte-americana Sydney Tamiia Poitier.