Kristen Stewart conquistou a crítica especializada com sua atuação como a princesa Diana em Spencer. Previsto para estrear em 5 de novembro nos Estados Unidos, o longa se passa no Natal de 1991, quando Lady Di decide se separar do príncipe Charles.
Jornalistas que assistiram ao filme no Festival de Cinema de Veneza elogiaram a interpretação de Kristen, ressaltando a semelhança com os maneirismos e o sotaque da britânica. Kyle Buchanan, do The New York Times, escreveu: "Quanto mais o filme continua, mais a escalação (da atriz para o papel) parece um golpe de gênio: Stewart é uma das poucas pessoas no planeta que conheceu o escrutínio dos paparazzi, o qual é até comparável à explosão de flashes que perseguiram Diana até a morte, de certa forma."
Classificando a performance como "digna de Oscar", Marlow Stern, do Daily Beast, disse que "ela acerta em cheio a voz sussurrada de Diana; sua postura desalinhada; sua angústia interna. Há uma musicalidade na sua performance também; um ritmo alinhado à câmera em constante movimento de Pablo Larraín (diretor). Ao longo de três dias — partindo da véspera de Natal — ela apresenta todo o escopo da jornada de Diana por autonomia e amor".
Escrevendo para o portal Deadline, Pete Hammond diz que a performance foge "de uma imitação de uma inacreditavelmente bem representada figura para a linda conquista da essência de quem ela era. É uma virada envolvente, amarga, tocante e completamente deslumbrante, levando Diana por caminhos que nunca vimos, sendo conduzido desta forma em um hipnotizante retrato".
Já Owen Gleiberman, da revista Variety, destaca como Kristen Stewart "se transforma; muda seu aspecto, seu ritmo, seu karma. Assisti-la interpretar Diana ecoa, talvez, a própria relação ambivalente de Stewart com a fama — a forma na qual ela ficará em pé no pódio de uma premiação, mordendo seu lábio, habitando a atenção mesmo que esteja levemente desconfortável com ela (e mesmo enquanto faz essa falta de confiança nos holofotes uma marca de sua celebridade)". Ele completa: "No geral, entretanto, o que vemos na Diana de Stewart é uma mulher de elegância nata, com uma luminosidade que transborda dela, exceto que parte de sua essência quer esmagar essa radiância, porque sua vida se transformou em uma bagunça".
Por fim, David Rooney escreveu para o The Hollywood Reporter que "o fino trabalho de Stewart no sotaque e nos maneirismos é impecável. A câmera a adora, e ela tem experiência em ser magnética ou devastadoramente frágil". Ele ainda adiciona que "ela claramente pertence a uma outra espécie, se comparada com a crescente multidão determinada a mandar em cada movimento dela. Seu isolamento convida sentimentos ternos, mesmo quando ela está mais descontrolada".