O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi citado por George Clooney como um exemplo da ascensão da raiva e do ódio ao redor do mundo, junto ao ultradireitista Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria. O ator tocou no assunto em entrevista à revista GQ, em um vídeo no qual relembra os maiores papéis de sua carreira.
Como parte da campanha publicitária de O Céu da Meia-Noite, novo filme de Clooney que estreia em 23 de dezembro na Netflix, a entrevista também trouxe o artista comentando sobre a obra. Ambientado em um mundo pós-apocalíptico, o longa traz uma visão distópica do futuro da humanidade.
E não faltam paralelos com a realidade, argumenta Clooney, que dirigiu e protagonizou a produção:
— Não estávamos no meio de uma pandemia quando gravamos, mas ainda havia todos esses outros elementos. Esses elementos de ódio e raiva que estamos todos experimentando neste momento da história, em todo o mundo. Vejam Bolsonaro, no Brasil, ou Orbán, na Hungria. Olhem ao redor. Tanta raiva e ódio.
O ator ainda afirmou que O Céu da Meia-Noite pode servir como uma espécie de alerta para a audiência:
— (O filme) se passa em 2049. Se você parar para pensar, isto pode muito bem ser o que nossa realidade será em 30 anos, se deixarmos este tipo de ódio se fortalecer.