Mesmo quem não tenha assistido, sabe muito bem que A Lagoa Azul conta a história de Richard (Christopher Atkins) e Emmeline (Brooke Shields), duas crianças que sobrevivem a um naufrágio e passam a viver em uma ilha deserta. O longa-metragem de Randal Kleiser completa 40 anos neste sábado, 20 de junho, com o status de um dos filmes mais populares do cinema.
Aqui no Brasil, a produção é fortemente atrelada à Sessão da Tarde, que exibe filmes na programação da Globo. Adaptação de um livro homônimo, A Lagoa Azul teve versões anteriores, continuações e até releitura, mas nenhum dos outros longas repercutiram tanto quanto o de 1980.
Diante disso, GaúchaZH elenca abaixo sete motivos que explicam por que a produção é tão relembrada.
Reprises na Sessão da Tarde
Não dá para fugir deste argumento: A Lagoa Azul foi reprisado diversas vezes no Brasil. Em 2018, a Globo divulgou que foram 20 exibições desde a primeira transmissão oficial da Sessão da Tarde, no dia 11 de março de 1974, com a A Incrível Suzana, de 1942. Apenas Ghost superava o longa, com 25 reprises.
A cada nova exibição, A Lagoa Azul volta a ser assunto nas redes sociais, atingindo novas gerações. Com o impacto do Twitter, também surgem muitos memes, o que permite outras interpretações e brincadeiras com a produção.
Contato com nudez
Por ser um filme da década de 1980, mostrando dois adolescentes em uma praia, muitos pais deixaram que os filhos vissem A Lagoa Azul sem maiores preocupações. Porém, a trama fala sobre a descoberta do próprio corpo e do sexo - Richard e Emmeline transam e têm um filho.
Se, para muita gente, a produção marcou um primeiro contato com a nudez, essa questão gerou muito debate por causa das cenas de Brooke Shields, na época com 14 anos. A equipe do longa, no entanto, sempre alegou que usava dublês de corpo para cenas mais quentes e cobria os seios da atriz com os cabelos dela.
Romance
A química entre dois protagonistas é outro elemento que marca A Lagoa Azul, mas teve uma ajudinha do diretor Randal Kleiser. Ele revelou que colocou uma foto de Brooke na cama de Christopher, nos bastidores, para que os atores se apaixonassem de verdade. Deu certo: eles viveram um romance durante as gravações, mas nada "muito sério" ou duradouro, segundo Christopher.
Releitura
Assim como outros filmes eternizados na cultura pop, A Lagoa Azul também ganhou um remake. Uma nova versão foi lançada em 2012 e foi chamada de Lagoa Azul: O Despertar.
A história é basicamente a mesma, mas com uma diferença: eles estudavam juntos e, durante uma festa da turma no litoral, acabaram parando em um bote à deriva. Depois de um tempo, eles acabam chegando a uma ilha deserta e começam o romance. O sucesso não foi o mesmo, mas a existência de uma releitura reforça a importância do filme.
Vida como ela é
Gravado na Jamaica e nas ilhas Fiji durante cinco meses, o filme tinha uma boa dose de realismo. Em entrevista a Oprah Winfrey, Christopher contou que a ilha não tinha água nem casas de verdade. Ou seja, eles realmente pareciam estar isolados e incomunicáveis.
Cenário paradisíaco/ilha
O fato de a trama se passar em uma ilha deserta mexe com o imaginário do público até hoje. Quem nunca se imaginou longe da civilização com alguém que gosta muito? Sem falar, é claro, em todas as possibilidades misteriosas criadas pelos espectadores enquanto acompanham uma história em um local isolado. Quando falamos de séries, então, uma ilha enigmática foi o ambiente de sucessos como Lost e The I-Land. Não dá para negar que adoramos.
Final
Quem não viu, não leia este item.
Muita gente imagina que Emmeline e Richard sobreviveram após ficar à deriva em outro bote. Eles passam um longo período ali e, ao serem encontrados por um barco, um marinheiro diz que eles estão "apenas dormindo". Assim, não sabemos se eles morreram ou se era realmente sono.
No filme que dá sequência, no entanto, vemos que somente o filho de Richard e Emmeline sobrevive.