Marcelo Perrone
Arte e poder são dois temas que interessam sobremaneira ao diretor russo Aleksandr Sokurov, autor de filmes que combinam rigor histórico e provocação estética. Em Francofonia, o realizador exercita com notável habilidade essa marca autoral em uma nova exaltação à cultura clássica, como a que conduziu o seu monumental Arca russa (2002), tour de force que entrou para a história do cinema ao ser registrado em um único plano-sequência – façanha possibilitada pelo então novo suporte digital de alta definição, do qual Sokurov foi um dos primeiros adeptos.
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