Em seu livro, Caçapava, um Olhar sobre o Século XX, o autor, Juarez da Rosa Teixeira, comenta que "durante muitos anos, o transporte usado para ir de Caçapava a outros municípios, especialmente Cachoeira do Sul, era a ‘diligência’, também conhecida como ‘carroça do correio’, que funcionava todas as segundas e quintas-feiras. Tratava-se de uma carroça puxada por quatro cavalos, que podia conduzir até oito passageiros. Os bancos eram rústicos, de madeira, mas ofereciam a opção de primeira e segunda classe. Quem sentasse na primeira fila de bancos, mais próximo dos cavalos e, por consequência, mais sujeito a possíveis ‘emanações equestres’, estava na segunda classe. O percurso Caçapava–Cachoeira levava dois dias, com várias paradas para troca dos cavalos, alimentação e repouso dos viajantes. A chegada era diretamente na estação ferroviária, onde muitos embarcavam no trem rumo a Porto Alegre. Foi assim até 1926, quando os estafetas – que levavam nas carroças os malotes dos Correios – compraram um caminhão, que tinha a vantagem de ter um toldo de lona e bancos transversais de madeira".
Ao ver a foto dos viajantes, publicada em dezembro quando este Almanaque fez referência ao lançamento da obra de Juarez, nosso leitor (e extraordinário cartunista) Santiago (Neltair Abreu) logo lembrou de uma foto, do acervo de sua família, a qual fez a gentileza de nos enviar.
Na mensagem, disse ele: "Olha essa semelhante, batida na região entre São Borja e Santiago, minha mãe dizia que eram mascates, mas talvez fosse Correio e as carroças fossem padronizadas. No verso, está a assinatura de Francisco F. de Alcântara e data de 8 de dezembro de 1922".
Alguém mais tem informações sobre os primórdios dos serviços postais em nosso Estado?