Os próximos dias serão determinantes para definição da retomada das aulas presenciais nas instituições privadas no Rio Grande do Sul. Havia expectativa de que um calendário fosse anunciado neste sábado (9) pelo governador Eduardo Leite, durante detalhamento do novo plano de distanciamento controlado que será implementado no Estado a partir de segunda-feira (11). No entanto, o governador informou que esta definição será feita na sequência, sem anunciar um prazo.
— Na última sexta-feira (8), fizemos reunião com a Secretaria de Educação e, na próxima segunda (11), teremos novo encontro. Estamos dialogando para chegar num modelo seguro para a comunidade escolar — afirma o presidente do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS), Bruno Eizerik.
O sindicato enviou sugestões para a Secretaria Estadual de Planejamento para criação dos protocolos, para um retorno às aulas com segurança, e aguarda a avaliação do governo.
O dirigente acredita que, quando for possível o retorno, a tendência é de que ocorra de forma gradual, de algumas turmas e níveis de ensino. Também haverá um planejamento específico para aqueles estudantes que não podem retornar por fazerem parte do grupo de risco.
— A rotina escolar será bem diferente. As instituições de ensino já estão se planejando para essa nova etapa, adquirindo equipamentos de proteção individual (EPIs), estudando seus espaços físicos, avaliando os profissionais dos grupos de risco, entre outros fatores. Há uma expectativa para o retorno no setor, mas também um consenso de que só retornaremos se tivermos segurança para nossos alunos, professores e funcionários — afirma o presidente.
O sindicato recomenda que as instituições de ensino sigam com as atividades remotas, que já vêm sendo realizadas desde o dia 19 de março. Segundo uma pesquisa realizada pelo Sinepe-RS, 98,4% das instituições estão oferecendo atividades domiciliares aos seus alunos, dando seguimento, assim, ao ano letivo.