NA CIDADE DO CABO
Table Mountain
Considerada uma das sete novas maravilhas da natureza, a Table Mountain pode ser vista de muitos pontos da Cidade do Cabo. É uma espécie de Pão de Açúcar da cidade. É possível ser visitada de bondinho (que gira em 360 graus até o topo da montanha, aliás, esse é um detalhe que faz toda diferença) ou ser escalada em trilhas, o que leva cerca de duas horas e anima muitos aventureiros.
Table Mountain, ao fundo. Foto: South African Tourism, divulgação
É indispensável que o dia esteja ensolarado para visitá-la. Do topo, consegui fazer as melhores fotografias da viagem, com uma visão incomparável da Cidade do Cabo. Aí, dá para entender por que ela é considerada a "cidade maravilhosa" da África do Sul. Ali, há também restaurante e lojas. O ingresso para adultos varia de 115 a 225 rands (de R$ 30 a R$ 57).
Cabo da Boa Esperança
Localizado no extremo sudoeste do continente africano, o Cabo da Boa Esperança foi assim batizado por ser o ponto em que as embarcações que faziam o caminho das Índias temiam não conseguir seguir em frente devido à fúria do mar e por alimentar a supertição de que estavam próximos ao "fim do mundo".
Cabo da Boa Esperança. Foto: Jennifer Gularte, Agência RBS
Não é por pouca coisa que o local metia medo nos navegadores do século 15: a velocidade do vento no local beira o assustador. Muitos sobem até o topo do farol se segurando às pedras. Foi meu caso. Precisei me apoiar para não cair. Mesmo assim, a experiência é fascinante pela história e pela beleza. Para esse passeio, vale ir acompanhado de um guia.
Camps Bay
Os apaixonados por pôr do sol, como eu, irão se emocionar com a praia de Camps Bay, que conheci depois de um dia de passeios na Cidade do Cabo. Mesmo cansada, fiquei impressionada. A paisagem é digna do clichê "parece que foi pintada à mão".
O mar azul, os coqueiros, a areia branca e a infinidade de bares e restaurantes na orla convidam o turista a apreciar a hora mais bonita no dia. É também um dos pontos mais luxuosos da cidade.
Camps Bay. Foto: South African Tourism, divulgação
Robben Island
Outra surpreendente imersão ao passado é uma visita à Robben Island, ilha em que Nelson Mandela passou 18 anos dos 27 em que esteve preso. Fiz a viagem de catamarã, em cerca de meia hora. Conhecemos o local de ônibus com um guia que também esteve preso ali. Ao longo de quase duas horas, fizemos paradas na celas dos "presos comuns" e nas individuais, reservadas aos "mais perigosos", entre os quais estava Mandela. Na cela dele, cabia pouco mais do que uma cama de solteiro.
Prisão de Robben Island. Foto: Jeniffer Gularte, Agência RBS
O trajeto foi feito em silêncio, como se o grupo todo estivesse sentindo o peso do local. Outro passeio muito intenso, mas necessário para entender as punições do Apartheid.
Boulders Beach
Reserve um dia da viagem para o Cabo da Boa Esperança, pois o trajeto é uma atração à parte. Vale parar nas praias de Muizenberg, Simon's Town e Boulders Beach, esta última habitada por pinguins africanos com cerca de 60 centímetros. Um deque no meio da praia me ajudou a chegar bem perto dos bichinhos para fotografá-los.
Boulders Beach. Foto: South African Tourism, divulgação
É importante levar um casaco, pois faz frio. Bem próximo à praia, há uma feirinha de artesanato local, feito com pedra e madeira, acessórios sul-africanos, tecidos e todo o tipo de suvernir.
Waterfront
Reserve seus rands para gastar no Waterfront, maior complexo de lojas da Cidade do Cabo, com bares, restaurantes, música e uma bela vista para a baía. Além de lojas de grandes marcas, é possível encontrar itens exclusivos sul-africanos, como produtos de beleza, roupas, artigos de decoração e presentes para todos os gostos. Há também um supermercado que vende caixas de trufas de Amarula - as originais - por 60 rands (R$ 15).
EM STELLENBOSCH
Fazendas de vinhos
Já saí do Brasil sabendo que a África do Sul é terra de bons vinhos. Percebi que é a bebida mais consumida em bares e restaurantes. A cerca de 45 quilômetros da Cidade do Cabo, a cidade de Stellenbosch guarda um roteiro incrível de fazendas a ser explorado pelos apreciadores da bebida. Anthonij Rupert Wyne e Delaire Graff - esta última com hotel e spa - foram as de que mais gostei. Além do visual incrível dos vinhedos e dos belos restaurantes, é possível comprar vinho sul-africano a módicos 50 e 60 rands (de R$ 13 a R$ 15).
Fazenda de vinho em Stellenbosch. Foto: Jeniffer Gularte, Agência RBS
Não volte para o Brasil sem um rótulo feito com a uva Pinotage, produzida exclusivamente na África do Sul - estes, porém, custam entre 120 e 170 rands (de R$ 31 e R$ 43).
Continue lendo
Um roteiro pela África do Sul, país de belezas naturais, vinho e história
Johannesburgo e arredores mostram um pedaço da história do Apartheid
O que comer
- Carne de antílope é um dos pratos mais servidos em restaurantes. Também não deixe de provar carnes de coelho e tártara. Na Cidade do Cabo, famosa por ter frutos do mar frescos, gostei de marisco, lula, mexilhão e camarão.
Preste atenção
- Não é necessário ter visto para visitar o país. É obrigatório, porém, fazer a vacina contra a febre amarela e ter certificado de vacinação internacional, que você consegue na Vigilância Sanitária dos aeroportos.
- A desvalorização da moeda sul-africana em relação ao real é um dos grandes baratos da viagem. Ao comprar no câmbio, cada rand custa, em média, R$ 0,30. A moeda pode ser adquirida em casas de câmbio do Brasil ou em aeroportos.
- O ar é seco em toda África do Sul, se comparado aos padrões de umidade do Rio Grande do Sul. Para não ressecar os lábios, abuse da manteiga de cacau, principalmente em Johannesburgo. Das cidades sul-africanas que visitei, foi a que senti o ar mais seco.
- Embora o risco de malária seja mínimo nas savanas, é recomendado usar repelente em todo o corpo durante o safári. Ainda assim, nos quatro que fiz, não vi ou senti mosquitos por perto.
- As estações da África do Sul são muito semelhantes às do Brasil, porém, à noite, costuma fazer frio até mesmo no verão. Viajei no começo do outuno e percebi bem esse efeito.
- Não vale a pena ativar pacote de 3G internacional. Em todos os locais que visitei, inclusive na Table Mountain, o sinal de wi-fi é bom e fácil de acessar.
*A repórter viajou a convite da South African Tourism e South African Airlines