O rescaldo da festa que reuniu cerca de 1,2 milhão de pessoas em Capão da Canoa foi de muita sujeira e lixo acumulado. Por volta das 7h30min havia muitas garrafas, latas, sacolas plásticas e demais rejeitos deixados por quem aproveitou a virada à beira-mar.
O ponto mais crítico foi observado nas proximidades da guarita 74, onde há um quiosque que costuma reunir centenas de frequentadores. Alateia Nunes, 48 anos, saiu cedo para caminhar e se deparou com o cenário que lembrava um lixão a céu aberto.
— A gente lamenta, porque, em primeiro lugar, a natureza acaba sendo afetada E depois, o pessoal que às vezes vem pra curtir, não consegue ficar aqui agora de manhã, fica impossível — reclama.
Uma equipe de limpeza com cerca de 10 trabalhadores da prefeitura percorria a orla fazendo o recolhimento. Um caminhão e uma retroescavadeira auxiliavam no trabalho. Por volta das 8h, eles chegaram ao trecho mais poluído.
Em outros pontos, catadores faziam a remoção de resíduos recicláveis. Um deles diz ter coletado mais de 100 quilos de lata de cerveja.
— Nessa sacola deve ter uns 80 quilos, na outra uns 50, conta um catador.
Zero Hora procurou a prefeitura de Capão da Canoa, que passa por troca de gestão nesta quarta-feira (1º). O novo secretário de obras, Nenê do Crepe, admite demora no recolhimento e diz que irá notificar a empresa responsável.
— Eles deveriam ter concluído às 9h. Há falta de efetivo e maquinário — afirma.
A empresa terceirizada é responsável pela limpeza nas ruas de Capão. Já a coleta na faixa de areia é feita pela prefeitura. O município garante que concluiu este serviço nas primeiras horas do dia. Até as 10h30min, cerca de 120 toneladas haviam sido recolhidas.