Pelo quarto ano, o Balneário Cassino vai contar com a festa do bloco Os 100 Limites durante o Carnaval. O bloco de rua é inclusivo e tem como objetivo tornar acessível a festa para pessoas com deficiência (PCDs). Neste ano, a novidade é que intérpretes de Língua Brasileira de Sinais, vão acompanhar o grupo traduzindo as músicas que vão tocar no desfile.
O bloco não é exclusivo para pessoas com deficiência, mas realiza ações que tornam a experiência ainda melhor para esse grupo. Além de PCDs, participam também familiares, amigos e todos aqueles que têm interesse.
O fundador do "Os 100 Limites", Filipe Branco, disse que as músicas que estão no setlist do bloco foram encaminhadas para a Escola Carmem Regina Baldino, uma instituição bilíngue (português/Libras) a qual foi feita a parceria dos intérpretes. As letras foram estudadas e ensaiadas para que nos dias de desfile, pessoas surdas e com deficiência auditiva consigam não só sentir a vibração da música, mas compreender a letra das canções.
— Não só as músicas mas também as informações que a gente for repassar poderão ser traduzidas durante o desfile — comenta.
Mais de 2 mil pessoas vão desfilar na Avenida Rio Grande com a camiseta do bloco no sábado (10) e na segunda-feira (11). Em 2023 foram 1.600 participantes, número que aumentou expressivamente neste ano. As concentrações estão marcadas para as 20h e as saídas, às 21h.
Até a manhã desta quinta-feira (8), já tinham sido vendidos 2.150 abadás dos 2.200 confeccionados. Todo o valor lucrado com a venda da camiseta é revertido para as nove instituições parceiras do bloco. No ano passado, foram arrecadados R$ 16 mil.
— O valor do abadá é R$ 25, o custo é de R$ 15, os R$ 10 de lucro vão direto para as instituições. É possível comprar o abadá direto nos locais, assim o valor já fica com eles, mas caso não compre, no final nós juntamos tudo e dividimos — disse o fundador do projeto, Filipe Branco.
O bloco existe há cinco anos, mas os desfiles começaram há quatro. Neste período algumas coisas mudaram.
— Além do número de participantes, nós notamos o crescimento do bloco. Antes tínhamos um trio elétrico, neste ano vamos sair com uma carreta, que é ainda maior. O número de instituições parceiras também se tornou maior, começamos com quatro, fomos para cinco e neste ano são nove.
Participam do projeto:
- Escola Carmem Regina Baldino
- Associação de Pré e Pós Transplantados
- Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan)
- Escola Viva
- Escola Amar - Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Rio Grande
- Escola de José Álvares de Azevedo
- Banda Amigos
- Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes)
- Grupo TEA’mo