O cenário encontrado pelos veranistas na beira da praia de Capão da Canoa, no Litoral Norte, está diferente na manhã deste sábado (1º), a primeira de 2022. Em vez de banhistas, quem passa pela orla encontra uma neblina forte, que impede a visualização do mar a poucos metros de distância, e muitas festas ainda em andamento.
Por volta das 7h, a reportagem de GZH identificou uma multidão nas proximidades da guarita 76, onde dezenas de jovens ouviam música e dançavam. Vários grupos permaneceram desde o evento da virada do ano, e era possível ver pessoas com roupa de festa andando pelo calçadão e pela beira da praia.
— É um cenário de guerra. Muita sujeira e muita bebida. Tem garrafas quebradas, o que é muito perigoso — opina o aposentado Juarez Martins, 65, que mora em Capão da Canoa e tomava chimarrão com o irmão Bruno, 73.
Chama atenção também o vaivém de equipes de limpeza, principalmente no local conhecido como Largo do Baronda — espaço próximo ao letreiro de Capão que registrou show de fogos e uma multidão para acompanhar a passagem do ano. Às 7h, já não era possível ver uma grande quantidade de lixo espalhada no largo: a sujeira havia sido recolhida e colocada em dezenas de sacos pretos, que estavam dispostos no chão à espera de recolhimento.

Em ruas laterais e em áreas mais afastadas do largo, no entanto, ainda é possível ver garrafas de espumante e de cerveja, sacos plásticos, canudinhos e palitos.
O trabalho de limpeza é feito por equipes da prefeitura e também da Ecosul, empresa terceirizada. As equipes responsáveis pela melhora da aparência do largo iniciaram o trabalho às 4h.
— Acho que realizamos cerca de 40% do trabalho (por volta das 8h), que vai se estender por todo o dia. Nós focamos primeiro aqui no Largo do Baronda que é onde ocorre a festa da virada, mas depois passamos pela Beira-Mar e por outras ruas. O pessoal limpa também toda a areia que fica nas ruas — explica o encarregado da Ecosul em Capão da Canoa, Gilberto Scheid.