Para alguns veranistas, a praia não fica completa sem uma bebida gelada. Os quiosques e ambulantes na areia comercializam amplamente cervejas e caipirinhas, mas esquecem de contemplar um público que é crescente e muito fiel: os apreciadores de espumantes. Diante das opções, quem gosta de apreciar uma taça, geralmente traz a bebida de casa. Em 2016, um carrinho está mudando essa rotina. O Champs da Praia vende espumante na beira mar e localiza os clientes pelo WhatsApp.
O casal de empresários Gazi Nóbrega e Larissa Calheiros é consumidor assíduo da bebida e teve a ideia do negócio ao notar que esse público não era atendido nas areias das praias gaúchas.
- O projeto estava na cabeça há dois anos. Eu e meu marido levávamos espumante para a beira da praia. Notamos a tralha que tínhamos de carregar: cooler com muito gelo, taças de vidro e garrafas grandes. Falávamos de brincadeira que tinha que existir um serviço de espumante na beira da praia. Amadurecemos a ideia e resolvemos empreender - afirma Larissa.
O negócio, que começou em dezembro, funciona às sextas, aos sábados e aos domingos, das 11h às 18h, nas praias de Capão da Canoa, Atlântida e Xangri-lá. Trabalha com diversos tipos da bebida: espumante brut, moscatel, rose e champanhes franceses. Os preços variam: uma taça custa, em média, R$ 20, a garrafa inteira cerca de R$ 65 e a garrafa de champanhe, R$ 345.
Três carrinhos brancos, parecidos com os de picolé, circulam oferecendo o serviço. Além da venda direta, o negócio também faz reposições de garrafas, taças e gelo por meio do WhatsApp.
- Na hora da compra, o consumidor ganha um cartão com o nosso número. Basta o cliente nos mandar uma mensagem com um ponto de referência que entregamos - explica Jonas Ramos, que empurra um dos carrinhos e é garçom.
A administradora Rejane Flores da Cunha, 59 anos, aproveitou o calor e resolveu pedir uma garrafa de moscatel para brindar com as amigas que curtiam o sol próximo a plataforma de Atlântida:
- Achei interessante a ideia desse serviço porque atende a um público que não era contemplado na areia. Achei top.
O aposentado José Antônio Rodrigues, 70 anos, ficou surpreso, mas achou o preço salgado:
- Não gosto de cerveja, sou apreciador de espumante. Achei caro R$ 20 por uma taça, mas pelo menos está gelada - conta.
Quem também aproveitou a novidade foi o casal Morisson Scheiram, empresário de 58 anos, e a farmacêutica Débora Sussenbach, de 57 anos. Os dois pediram uma garrafa de espumante rosé.
- Achamos legal o serviço. Até brinquei com o quiosque aqui de trás que eles também deviam vender espumante - afirma Débora.