CEO das empresas G4 Educação, Easy Taxi e Singu, Tallis Gomes, afirmou que homens não deveriam ter relacionamentos com mulheres que ocupam um cargo de chief executive officer (CEO), o principal executivo de uma empresa. Em publicação no Instagram na quarta-feira (18) à noite, o empresário escreveu ainda que mulheres nessa posição acabam passando por um processo de "masculinização". Acrescentou que o lar, nesses casos, "fica em quarto plano".
As opiniões foram emitidas após uma questão de um seguidor. A pergunta foi se o empresário estaria noivo da sua mulher se ela exercesse o cargo de CEO em uma grande companhia. Replicou: “Deus me livre de mulher CEO”.
Textualmente, Tallis Gomes passou a justificar sua opinião contrária às mulheres em altos cargos nas companhias. De acordo com ele, a mulher passa por um “processo de masculinização” que colocaria o lar, ele e os filhos em planos abaixo da empresa.
“Deus me livre de mulher CEO. Salvo raras exceções, (eu particularmente só conheço 2); essa mulher vai passar por um processo de masculinização que invariavelmente vai colocar meu lar em quarto plano, eu em terceiro plano e os meus filhos em segundo planos”, redigiu em seu perfil da rede social.
Posteriormente, em outras postagens, discorreu sobre sua opinião, avaliando que, “na média, essa não é o melhor uso da energia feminina. A mulher tem o monopólio do poder de construir um lar e ser base de uma família”, explicou Gomes.
Ainda de acordo com ele, um dos principais culpados por esse processo é o movimento feminista, que “começou a obrigar a mulher a fazer papel de homem”.
Repercussão
Ao longo do dia, empresárias e profissionais de diferentes áreas se manifestaram em redes sociais criticando a fala e defendendo o protagonismo feminino e o poder de escolha das mulheres.
Também nesta quinta-feira, o executivo voltou a se manifestar. Desta vez, disse estar arrependido e pediu desculpas. “Em momento algum no meu texto eu quis questionar a capacidade de uma mulher de ser CEO. Disse única e exclusivamente, com as palavras erradas e com o tom errado, quem eu gostaria do meu lado como mulher”, afirmou.
Em agosto, o empresário já havia sido citado em uma polêmica, ao declarar em um podcast que seus funcionários possuem uma rotina de 80 horas de trabalho por semana.