
O professor e pesquisador Jorge Luiz da Cunha faleceu na sexta-feira (23), aos 65 anos. Ele estava internado no Hospital Santa Cruz (HSC). Com centenas de trabalhos publicados, era reconhecido pela contribuição à historiografia da imigração e colonização alemã.
Nasceu em Roca Sales, em 11 de julho de 1959 e atualmente residia em Lajeado. A trajetória no campo da pesquisa foi marcada pelo aprofundamento em temas como a história da educação, o ensino de história e a história das migrações.
Nesse último campo, desempenhou um papel fundamental na produção dos primeiros 15 episódios da série “Da Alemanha aos Vales: a história de um povo que transpassa gerações”, realizada pelo Grupo Arauto. A iniciativa, que ainda contará com 24 vídeo-reportagens, é dedicada à história da colonização alemã no Rio Grande do Sul.
Entre seus projetos em andamento, estava o relançamento de sua tese de doutorado, originalmente publicada em formato de livro em 1989. A nova edição incluiria um capítulo inédito, destacando os 200 anos da colonização alemã no Estado.
Cunha também foi uma figura central na academia santa-cruzense, atuando como docente e pesquisador nas Faculdades Integradas de Santa Cruz do Sul (FISC), posteriormente Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), entre 1982 e 1995. Durante esse período, ele fundou e coordenou o Centro de Documentação (Cedoc), que se tornou um dos principais acervos da região.
Em 1996, ingressou na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde exerceu diversos cargos de gestão. Foi Diretor do Centro de Educação (CE) de 1997 a 2005, Pró-Reitor de Graduação de 2005 a 2010 e Coordenador Geral do Programa Reuni de 2006 a 2010. Além disso, atuou como Coordenador do Programa de Ações Afirmativas e Assessor Especial do Gabinete do Reitor. De 2012 a 2013, ocupou o cargo de Ouvidor Geral da universidade.
Era professor titular da UFSM, integrava o quadro docente permanente dos Programas de Pós-Graduação em Educação e em História, ambos com cursos de mestrado e doutorado. Além disso, atuava no Mestrado Profissional em Ensino de História – ProfHistória, iniciativa vinculada à UFSM e à UFRJ.
Os atos fúnebres ocorreram nesta sexta-feira (23), na capela da funerária Halmenschlager, em Santa Cruz do Sul.