Comportamento

Consulta sigilosa
Notícia

Começa a funcionar nesta sexta-feira o serviço gratuito que facilita manifestar ser doador de órgãos e tecidos

Qualquer cidadão pode fazer um certificado autenticado no cartório declarando sua intenção de, após a morte, beneficiar quem aguarda por um transplante

GZH

Nesta sexta-feira (31), o Colégio Notarial do Brasil - Seção Rio Grande do Sul (CNB/RS) lançará a Central Notarial de Doação de Órgãos, que tornará mais simples a manifestação de desejo de ser doador de órgãos. A novidade possibilita a consulta por parte de hospitais e da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, de forma sigilosa, das escrituras públicas declaratórias contendo a manifestação de vontade relativa à doação de órgãos, após o falecimento do potencial doador.  

O termo de cooperação, assinado no final do ano passado, em parceria com os cartórios de notas do Rio Grande do Sul para o incentivo da doação de órgãos e tecidos no Estado, possibilitou manifestar intenção de ser doador. Agora, com o lançamento do sistema, será possível a consulta sigilosa desses documentos por parte de hospitais e da Central de Transplantes.

A manifestação de vontade por meio de escritura pública funciona como ferramenta de convencimento para a família do doador, uma vez que estes ainda precisam autorizar a doação dos órgãos após o falecimento. As iniciativas como o Termo de Cooperação e a Central Notarial de Doação de Órgãos fazem parte de ações que buscam incentivar a doação. 

O termo visa permitir que qualquer cidadão faça um certificado autenticado em cartório declarando sua intenção em ser doador de órgãos e tecidos, em caso de morte encefálica, e permite que os hospitais e Central Estadual de Regulação tenham acesso a esses dados. O objetivo é facilitar a entrevista com os familiares, responsáveis finais pela decisão de doação ou não.  

Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, os principais órgãos transplantados são rim, fígado, pulmão, coração e pâncreas. É possível também doar tecidos, como córnea, esclera, osso, pele e válvula. Outra possibilidade de doação é a de medula óssea. Segundo a Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, mais de 1,4 mil pessoas aguardam por transplante no Estado.  

Como se tornar um doador de órgãos?  

É importante demonstrar esse desejo a amigos e familiares. Além de fazer o registro em tabelionato, também é possível se cadastrar  e gerar uma certidão de interesse no site do projeto Doar é Legal.

Após gerar essa certidão, basta realizar a impressão, assinar e entregar ou então enviar por e-mail para familiares e amigos. Mesmo sem valor jurídico, o certificado mantém registrada a vontade da pessoa de se tornar uma doadora de órgãos.

GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
RBS BRAND STUDIO

Galpão da Gaúcha

08:00 - 09:30