A morte do comunicador e produtor Marco Lazzarotto, o Magro Lima, entristeceu colegas e amigos da Rádio Atlântida. Eles lembram com afeto da cordialidade, do sorriso largo e das conversas, fossem bate-papos informais ou reuniões de trabalho.
Para o gerente de Produto e Programação das rádios de entretenimento da RBS, Martin TJ, cada encontro com Lima nos corredores da empresa era garantia de alegria e enriquecimento cultural.
— Além de inteligentíssimo, ele era amigo de todo mundo. Sempre rindo. A risada dele vai ficar eternizada, aquele sorriso sempre feliz — lembra TJ.
No início da pandemia, Lima foi um dos primeiros colaboradores da Atlântida a ser encaminhado para o trabalho remoto, em função da doença neurológica que enfrentava. Todavia, jamais deixou a enfermidade afetar seu bom humor. Em janeiro, ele contou no Pretinho Básico que há três anos enfrentava uma doença neurológica que vinha afetando sua fala.
— Um cara muito acima da média. Fora da curva. Genial. Inteligência e sensibilidade exibidas no estado da arte. Tenho muitas passagens com ele que levarei para sempre na memória, mas o dia em que falamos ao público do programa sobre a doença que ele estava enfrentando foi um dia especial. Vou sentir muita falta dele — comenta Alexandre Fetter, apresentador do Pretinho Básico.
Com 13 anos de atuação na RBS, Lima trabalhou inicialmente na área de marketing e depois migrou para o entretenimento. Por onde passou, cultivou amizades e deixou um legado de eficiência e comprometimento.
— É uma perda muito grande para a RBS. Uma pessoa jovem, engajada no espírito da rádio e que fazia uma produção muito elaborada para os programas, em sintonia com o propósito da Atlântida. Estamos todos muito tristes e desejando que a família encontre conforto — afirma o diretor de Entretenimento e Canais da RBS, Marco Gomes.
Parceiro de Lima no podcast Era Uma Vez no Oeste ao lado de Daniel Scola, o jornalista Luciano Potter estava de férias com a família e adiantou o retorno a Porto Alegre tão logo recebeu a notícia do falecimento. Amigo do produtor há 11 anos, salientou a personalidade altruísta de Lima e da esposa, a médica Lisangela Preissler:
— Um cara doce, amigo, sagaz e que tinha algo raro em seres humanos: ele estava mais preocupado com os outros. Por isso casou com Lisangela, que é uma médica e vive assim desse jeito. Por isso fizeram o Fernando, criança linda. Quem estava perto e longe do Marcão perdeu uma pessoa que transformava esse lugar numa graça, numa leveza. Marcão se foi levando um pedaço da gente.