As comemorações do governo do Estado aos 200 anos de nascimento de Anita Garibaldi começaram na tarde desta segunda-feira (30), com uma cavalgada composta somente por cavalarianas mulheres. A heroína da Revolução Farroupilha e companheira de Giuseppe Garibaldi nasceu em 30 de agosto de 1821, em Santa Catarina, e morreu aos 27 anos de idade, na Itália. Sua trajetória será recordada, ao longo dos próximos meses, em uma série de eventos e seminários virtuais e presenciais no Rio Grande do Sul.
Nesta tarde, um grupo formado por policiais militares mulheres, pertencentes ao 4º Regimento de Policia Montada de Porto Alegre, e por membros do Instituto Anita Garibaldi realizou a cavalgada "Triunfo à Anita Garibaldi". O pelotão se concentrou na Usina do Gasômetro e deslocou-se até o Palácio do Piratini, onde chegou por volta das 15h.
—Este é o reconhecimento do povo gaúcho a essa mulher, que foi tão generosa. Ela nasceu em Santa Catarina, mas aqui tornou-se mãe do seu primeiro filho, Menotti Garibaldi, que nasceu em Mostardas. E aqui Anita lutou, ombreando com os gaúchos, na Revolução Farroupilha — lembra Elma Sant'Ana, presidente da Comissão do Bicentenário de Anita Garibaldi e fundadora do Instituto Anita Garibaldi.
Por conta da pandemia de coronavírus, o evento no Palácio Piratini foi restrito a alguns convidados. Contou com a presença de autoridades do governo do Estado, como a secretária da Cultura do Estado, Beatriz Araujo, e da patrona dos Festejos Farroupilhas 2021, Liliana Cardoso, entre outros. Também foram convidadas cavalarianas de cidades como Rosário do Sul, São Francisco de Paula, Jaguari, Caxias do Sul e Mostardas.
— Me sinto orgulhosa em representar, hoje, com essa bandeira de 200 anos, todas as Anitas do Rio Grande do Sul. Estou hoje acompanhada por duas "Anitas" de Rosário do Sul, onde temos o maior grupo de cavalarianas do Estado. Nosso objetivo é homenagear Anita e todas as mulheres do RS que se sentem representadas por essa grande heroína — disse Neliane Ereno, vice-presidente do Instituto Anita Garibaldi.
A tarde também foi de lançamento da exposição Anita Garibaldi entre tempos e acervos, com a apresentação da historiadora Luciana de Oliveira, do Instituto Histórico e Geográfico do RS (IHRGS). A mostra será itinerante, circulando por diferentes cidades do Estado.
— A ideia é que a mostra faça um trajeto pelo Rio Grande do Sul, ocupando espaços de memória nas cidades, em museus, memoriais, prefeituras. Estamos fechando esse roteiro, mas já adiantamos que a primeira cidade será Bagé — afirma Luciana de Oliveira.
A programação completa das ações em memória de Anita que ocorrem ao longo do ano está disponível no site da Secretaria da Cultura do RS.