A banha de porco foi considerada a vilã da alimentação por muitos anos. Mas isso está mudando. E o Lado Natureba não deixaria de esclarecer isso bem direitinho para os leitores.
A gente bateu um papo com a nutricionista Rita Lamas, que é...
- Super a favor da banha! As pessoas deveriam cozinhar mais com ela! – enfatiza a nutri.
A banha de porco é uma gordura saturada, como toda gordura de origem animal.
- E, como toda gordura animal, sofre preconceito. – comenta Rita.
Manteiga, carne gorda, banha... Todas sofreram preconceito nas últimas décadas. Alguns estudos até relacionaram a gordura saturada com o colesterol, mas esta visão mudou na comunidade científica.
Percebeu-se com o tempo que, quando a pessoa reduz o consumo de gordura saturada acaba aumentando o carboidrato na dieta. Com isso, ganha peso, aumenta risco de diabete e a tão problemática circunferência abdominal, que tem relação com várias doenças.
- Os estudos, então, concluíram que comer gordura saturada dentro das recomendações da Organização Mundial da Saúde é saudável. Exatamente por este equilíbrio.
Além disso, a banha é barata e rica em vitamina D, além de fonte de bom colesterol.
E qual é a quantidade recomendada?
Todo mundo pode consumir banha de porco, mas Rita Lamas explica que há aspectos que interferem na quantidade, como colesterol e perda de peso.
Mas e uma pessoa normal, sem restrições?
A nutricionista explica que as gorduras devem ficar de 15% a 30% do valor energético total consumido no dia. A saturada, especificamente, deve ficar em torno de 7%.
- Em uma dieta de 2 mil calories, 7% de gordura saturada dá 16 gramas. São duas colheres de sopa, divididas em manteiga, o bife e um pouquinho de banha, por exemplo.
Então, usar para cozinhar está liberado! Quando a pessoa usa banha para fazer um feijão ou pão acaba por consumir pouco.
- E dá um gosto especial. – diz a nutri.
E, para finalizar, Rita lembra que, cientificamente, sabe-se muito mais sobre a banha de porco do que sobre o óleo de coco, que está tão na moda.