Muita gente deverá realizar, entre sexta-feira (26) e domingo (28), aquela que será a maior aquisição da vida da família: a casa própria. É a expectativa da Caixa Federal com o 13º Feirão da Casa Própria. Do total de financiamentos habitacionais da instituição por ano, 12% são fechados durante o evento, que ocorre anualmente nas principais capitais brasileiras.
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– Cerca de 70% dos clientes que simulam no Feirão acabam financiando o imóvel. São taxas de juros atraentes dentro do programa Minha Casa Minha Vida e também para outras faixas de renda – avisa o superintende executivo de Habitação da Caixa em Porto Alegre, Luis Henrique de Moraes da Silva.
A maioria dos imóveis do Feirão está dentro da mira do Minha Casa Minha Vida (MCMV): serão oferecidos quase 11 mil imóveis novos e usados de 90 empresas – grande parte entre R$ 150 mil e R$ 200 mil, mas também haverá opções de alto padrão. Para ficar dentro do MCMV, a casa ou apartamento tem de valer até R$ 215 mil (se for em Porto Alegre). Na Região Metropolitana, o teto varia entre R$ 170 mil e R$ 190 mil. Do ponto de vista do mercado, o momento segue favorável para esse tipo de aquisição.
– Os preços dos imóveis caíram em termos reais, nos últimos dois anos e meio, em torno de 25% mais ou menos – avalia o CEO (diretor-executivo) do portal ZAP de imóveis, Eduardo Schaeffer.
Mas as previsões são de que esse cenário favorável comece a virar ainda neste ano.
– Há uma forte tendência do aumento dos preços a partir do segundo semestre. Pelo simples fato das incorporadoras terem reduzido muito os estoques. E o aumento dos novos influencia os imóveis usados – segundo o diretor de vendas da Guarida Imóveis, Alexandre Motola Spolavori.
Saiba mais sobre o 13° Feirão da Casa Própria da Caixa
Quando: de sexta-feira (26) a domingo (28). Sexta a sábado, das 10h às 20h, e domingo, das 10h às 18h
Onde: Centro de Exposições da Fiergs (Avenida Assis Brasil, 8.787, Bairro Sarandi, na Capital).
- Entrada gratuita. Leve RG, CPF, três últimos contracheques, carteira de trabalho (no caso de usar o FGTS) e comprovante de endereço atualizado
- Os interessados poderão simular nos estandes das imobiliárias e construtoras.
Os imóveis do Feirão
- O foco do evento é o Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), mas também haverá imóveis de outras faixas de renda. O valor máximo dos imóveis dentro do MCMV no Estado varia de R$ 95 a R$ 215 mil.
- A partir deste ano, famílias com renda mensal de até R$ 9 mil podem ter acesso a financiamentos do MCMV.
- A Caixa estima que a média de valores dos imóveis estará entre R$ 150 e R$ 200 mil. O financiamento pode ser por até 35 anos.
Olho nos custos extras
- Não é só a prestação do financiamento que deve ser avaliada. Há custos que são por conta do comprador e não aceitam parcelamento.
- Sugere-se a reserva de 5% a 8% do valor do imóvel para taxas de registro em cartório, imposto de transferência, pagamento da vistoria e custos de mudança.
- Só o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) em Porto Alegre tem alíquota de 3%. Ou seja, equivale a R$ 6 mil para um imóvel de R$ 200 mil.
- A lei garante desconto de 50% no registro e na escritura na compra do primeiro imóvel pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH). É importante lembrar disso no cartório.
- Leve em conta os valores do IPTU e da taxa de condomínio.
- Deixar de pagar o imposto e o condomínio pode levar à perda do imóvel, mesmo sendo o único da família.
Imóveis novos ou em construção
- Nunca feche negócio sem conhecer a localização do novo imóvel.
- Cobre da construtora o memorial descritivo do imóvel. Nele, estão os detalhes do apartamento e do condomínio como áreas oferecidas e materiais usados.
- Confira também o histórico da construtora: entrega no prazo, há queixas nos órgãos de defesa do consumidor?
Imóveis usados
- Visitação obrigatória antes de fechar o negócio. Observe o estado geral, as paredes, o reboco, a condição da pintura, os azulejos na cozinha e no banheiro.
- Confira a situação do condomínio. Pagamento está em dia? Há dívidas não pagas? Há muita inadimplência? Haverá chamada extra no futuro próximo?
- Confira os seguintes documentos do imóvel usado: matrícula atualizada no Registro de Imóveis, certidão negativa de dívida de condomínio e certidão negativa de IPTU.
Contas nos trilhos
Não seria preciso dizer, mas o o educador financeiro Jaques Diskin reforça: a vida financeira precisa estar nos trilhos para um financiamento habitacional. Significa saber o que se ganha e, na ponta do lápis, comprovar que é possível arcar com as prestações. Avalie:
- Se você não planejou, dificilmente será o melhor momento de comprar o imóvel agora.
- Aconselha-se uma reserva (entre seis e 12 meses de salário) para esse tipo aquisição.
- Se você já planeja a aquisição e vem se ajustando financeiramente, pode ser a chance de um bom negócio.
- Quanto pode pagar de prestação sem comprometer a renda.
- Possui alguma reserva financeira para despesas extras?
- Do que está disposto a abrir mão durante esse período de financiamento?
Fontes: educadores financeiros Jaques Diskin e Jó Adriano da Cruz, Caixa Federal, portal ZAP e Guarida Imóveis