A Câmara aprovou nesta terça-feira o texto-base do projeto para regulamentar o funcionamento de aplicativos como o Uber no país. O texto transfere para os municípios a responsabilidade de definir as regras que o serviço vai ter que seguir.
Costurado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o projeto teve como relator o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE), e foi aprovado no lugar do texto apresentado no ano passado de autoria do líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP).
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Mais dura, a proposta de Zarattini trazia diversos pontos que deveriam ser cumpridos pelas empresas de transporte para poderem oferecer os serviços nas cidades. O projeto aprovado, porém, traz poucas regras, como a cobrança de tributos municipais pelo serviços; a contratação de seguro de acidentes pessoais a passageiros e do DPVAT para o veículo e a inscrição do motorista no INSS como contribuinte individual.
O motorista também deve ter carteira categoria B ou superior com informação de que exerce atividade remunerada, ser cadastrado na empresa que gerencia o aplicativo e o certificado de registro do veículo deve ser emitido no município.
Durante a discussão do projeto, vários parlamentares criticaram os aplicativos como o Uber. O deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE) chamou o modelo de "transporte pirata". "Esse Uber já está proibido na China, na Dinamarca. Ele usa pessoas desempregadas sem proteção social e faz precarização do trabalho", disse.