Uma pequenina integrante da Imperatriz Dona Leopoldina emocionou o público que assistia ao Carnaval no Porto Seco na madrugada deste domingo. Sambando à frente dos ritmistas da Bateria Laranja Mecânica, Evelyn Serpa Piovessani, sete anos, homenageava a mãe, Paola Serpa Severo, madrinha de bateria da escola que em fevereiro, aos 33 anos, foi assassinada numa tentativa de assalto em Cachoeirinha, na Grande Porto Alegre.
Das frisas e arquibancadas, muitos choraram ao ver a menina dando os primeiros passos ao lado da bateria, que estava caracterizada de guerreiros do africanismo. Pai de Evelyn e viúvo de Paola, Claudecir Piovessani não conseguiu conter as lágrimas durante a apresentação.
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– Minha mulher deve estar orgulhosa da nossa filha. A Evelyn gosta de samba, igual à mãe. Não tem sido fácil, mas estamos vivendo um dia de cada vez. Ela sempre teve a mãe como inspiração nos passos e nos gestos. Trazê-la a este desfile é como cumprir a missão que seria dada à Paola. Mas não é fácil estar aqui – contou Cau, como é conhecido.
Paola foi morta a tiros enquanto aguardava a filha dentro do carro, estacionado na Avenida Obedy Cândido Vieira, em Cachoeirinha, por volta das 19h do dia 16 de fevereiro. Os três criminosos envolvidos no episódio chegaram ao local em um Voyage, também utilizado na fuga e encontrado incendiado depois.
A comerciante ocupava o posto de rainha de bateria da Imperatriz Dona Leopoldina desde 2016. Antes, havia representado a Acadêmicos de Gravataí.
