A chegada da lua cheia, nesta sexta-feira, será marcada por um fenômeno conhecido como eclipse penumbral. Ele poderá ser visto em todo o Brasil e em países da Ásia, Europa, África, do Oriente Médio e das Américas do Sul e do Norte.
O eclipse penumbral é um fenômeno astronômico que ocorre quando a lua entra na região da penumbra da Terra e resulta em uma variação do brilho da lua que dificilmente é notada.
A sombra projetada pela Terra tem duas partes denominadas umbra e penumbra. A umbra é uma região em que não há iluminação direta do Sol e a penumbra é uma região em que apenas parte da iluminação é bloqueada.
Em Brasília e nas demais cidades em que está em vigor o horário de verão, o fenômeno tem início previsto para as 20h34min. A fase máxima do eclipse está prevista paras as 22h44min de hoje.
Para quem está na Região Sul, no entanto, o fenômeno pode passar quase despercebido. Segundo o doutor em Física Atômica e Molecular e professor de Física do Instituto Federal de Santa Catarina, Marcelo Girardi Schappo, diferente de quando a lua entra na umbra da Terra (eclipse total) e fica avermelhada e sem brilho, no eclipse desta sexta-feira haverá apenas um leve escurecimento do satélite natural.
– Será difícil enxergar a diferença até mesmo com telescópios – afirma.
Ainda assim, quem vive em regiões ermas, onde há pouca interferência de luz elétrica, como nas áreas rurais, terá mais chances de perceber o fenômeno. Schappo sugere acompanhar o ápice entre 21h30min e 22h.
Eclipse do sol no meio do Carnaval
Em agosto haverá outro eclipse lunar parcial, mas não deve ser avistado na Região Sul do Brasil. Empolgante mesmo será o eclipse parcial do sol, previsto para o domingo de Carnaval, 26 de fevereiro.
Conforme Schappo, que organiza grupos de observação do céu em Florianópolis, será possível observar o momento em que a lua interrompe parte do disco solar.
Cometa passará perto da Terra neste sábado
No sábado, será a vez de o cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdusáková passar relativamente próximo à Terra. Segundo o Observatório Astronômico de Lisboa, em Portugal, o cometa percorre uma órbita elítica de período curto, cruzando a órbita da Terra a cada 5,25 anos.
Desta vez, ele passará a uma distância de 12.431.583 quilômetros da Terra, ou seja, 32 vezes a distância da Terra à Lua. A passagem do cometa, no entanto, só poderá ser vista por meio de um telescópio.
De acordo com o observatório português, o cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdusáková foi descoberto em 5 de dezembro de 1948 por Minoru Honda. Posteriormente, foi detectado por Antonín Mrkos e Ludmila Pajdusáková em placas fotográficas, do Observatório Skalnate Pleso, na Eslováquia.