Há dois anos, Weslei Felix Ajarda, 17 anos, vai a Pelotas para participar do Festival Internacional Sesc de Música, que acontece na cidade. Na edição de 2017, o jovem tomou uma decisão importante: aceitou o convite de um professor italiano para estudar na Escola Superior de Música de Genebra, na Suíça.
Quando estava descobrindo a paixão pela música, em 2013, Zero Hora acompanhou os primeiros passos da trajetória de Weslei. Hoje, o garoto de voz tranquila reconhece que tudo é fruto de dedicação e de força de vontade:
– Passam muitas coisas pela minha cabeça. A gente não pode encarar as coisas como algo impossível e sim como algo possível que, se for trabalhado, vai dar certo. Conquista só vem com trabalho.
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Após a reportagem, o estudante ganhou a versão clássica do instrumento doado por um jornalista do Rio Janeiro
No ano passado, Alberto Bocini conversou com Weslei sobre a possibilidade de uma bolsa de estudos integral no curso de Bacharelado em Contrabaixo Acústico. Após passar 2016 inteiro amadurecendo a ideia, o garoto que mora no bairro Guajuviras, em Canoas, decidiu agarrar a oportunidade. Mas ainda não há nada definido:
– Agora é que começamos a ver as questões burocráticas, como documentos, preparação para o teste, onde vou ficar, como vou ir. Não tem uma data certa, estamos conversando – conta Weslei.
Weslei passará por um processo seletivo, terá de mandar um vídeo tocando contrabaixo, que será avaliado pela escola. O curso tem duração de três anos. As despesas com passagem e do primeiro mês na Suíça serão por conta dele. Após esse período e a confirmação da aprovação, todos os custos serão por conta da instituição.
– A minha família está muito contente com o que está acontecendo. Aos poucos eles vão se acostumando. Será uma saudade que vai me trazer grandes frutos, vale a pena – comenta o garoto.
O jovem atualmente estuda contrabaixo na orquestra jovem da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA). Após ter realizado o sonho de tocar junto à OSPA e receber um oportunidade que poucos têm, Weslei traça novos planos:
– Quero seguir estudando muito, entrar em uma orquestra. Mas a minha meta agora é chegar lá (na escola). O mais difícil já foi feito, que foi o convite. Tem que trabalhar em cima dos sonhos para eles deixarem de ser sonhos e se tornarem realidade.
Relembre a noite que Weslei tocou ao lado da OSPA: