A Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), órgão da prefeitura de Porto Alegre que responde pelo atendimento à população de rua, enviou a ZH uma nota sobre a reportagem que abordou a degradação do Viaduto Otávio Rocha e a sua ocupação por dezenas de sem-teto.
No documento, faz referência à ação feita pelo Ministério Público para apurar irregularidades no órgão, defende a política traçada para os moradores de rua da Capital e promete para breve a divulgação do censo dessa população, inicialmente anunciado para 2015.
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Confira a íntegra da nota:
"O presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) Marcelo Soares, vem esclarecer a matéria noticiada no Caderno Doc. do jornal Zero Hora deste sábado e domingo, 10 e 11 de Dezembro, em relação ao Viaduto Otávio Rocha. Informa que assumiu a gestão da Fundação em 2014 e desde então, em continuidade aos atos de gestão de forma transparente, vem exercendo, com lisura e controle, todos os procedimentos e atos inerentes ao bom e transparente cuidado com os recursos públicos.
Deixa claro que o envolvimento nas polêmicas insinuadas na reportagem, estão diretamente ligadas com as ações que estão sendo adotadas no sentido de sanar e reprimir toda e qualquer irregularidade que, porventura chegue ao seu conhecimento, instaurando o devido processo de apuração e/ou efetuando cobranças e punindo os envolvidos.
Para tanto reitera seu total apoio as ações promovidas pelo respeitável Ministério Publico/RS, deflagrando ações que visem esclarecer e rastrear as denúncias de possíveis irregularidades, embora estas recaiam em ações anteriores a sua posse neste cargo.
Ao contrário do que foi publicado, a FASC afirma possuir uma política pioneira e modelo em relação às pessoas em situação de rua. A exemplo disso, temos o Ação Rua que aplica todas as técnica e procedimentos adequados à política de atendimento a essa parcela da sociedade.
A permanência dessas pessoas na rua não pode ser atribuída unicamente como falta de política da Assistência Social, uma vez que este fato social envolve a comunhão de várias áreas, o que demonstra a fragilidade na transversalidade entre as políticas públicas no atendimento dessa demanda. Isto é que precisa ser compreendido e entendido pela sociedade em geral.
Quanto aos dados, esclarece que, na próxima semana, a UFRGS, instituição contratada pela Fasc para a realização da pesquisa quanti-qualitativa em relação à população de rua na cidade de Porto Alegre, estará apresentando esses dados atualizados, que vão nortear as próximas ações."