O Ministério da Saúde apresentou, nesta quinta-feira, o resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2016. De acordo com o estudo, houve queda de 18% nos municípios em situação de alerta ou risco, em relação à pesquisa feita no ano passado. Na ocasião, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, lançou a nova campanha de conscientização para o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Neste ano, 2.284 municípios participaram, de forma voluntária, do LIRA, que foi realizado em outubro e novembro. Destes, 62,6% (1.429) não estão em situação de risco. A proposta de Ricardo Barros é que em 2017 o estudo passe a ser obrigatório para todas as prefeituras.
– Queremos concentrar as forças no combate ao mosquito – disse o ministro, durante coletiva de imprensa.
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Os casos da febre chikungunya cresceram 10 vezes mais em relação ao ano passado, 2.281 municípios brasileiros já registraram casos de infecção pelo vírus da doença. O maior número de registros ocorreu em março.Para a próxima temporada, a previsão é de que haja um aumento nos casos de chikungunya e uma estabilidade nos casos de dengue e zika.
Conforme o levantamento, 855 municípios não estão em situação satisfatória. Os casos mais preocupantes foram registrados no Nordeste, com 63,2% dos municípios em situação de alerta ou risco. E Na Região Norte, onde 179 cidades fizeram o estudo, e metade desses locais estão em alerta.
Em 2016, o pico de casos de dengue foi registrado no mês de fevereiro. Diferente dos outros anos, quando o ponto alto ocorreu em maio. Se comparado com 2015, houve uma diminuição de 5,5% na taxa de incidência da doença. Os casos graves reduziram em 50%, e 36% em relação aos óbitos. Durante os jogos Olímpicos e Paralímpicos, não houve registros de zika.
Das 22 capitais que participaram do estudo, Cuiabá está em situação de risco e outras nove em situação alerta: Aracaju, Salvador, Rio Branco, Belém, Boa Vista, Vitória, Goiânia, Recife e Manaus. Outras 12 aparecem como em situação satisfatória: São Luis, Palmas, Fortaleza, João Pessoa, Teresina, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Macapá, Florianópolis, Campo Grande e Brasília.
O ministério não recebeu informações sobre as capitais Maceió, Porto Velho e Curitiba. Já Natal e Porto Alegre utilizam outra metodologia para medição de focos do mosquito.
Depósitos de água como toneis, tambores e caixas d'água foram os principais tipos de criadouro do mosquito registrados nas regiões Nordeste e Sul. No Sudeste, predominou o o depósito domiciliar, categoria em que se enquadram vasos de plantas, garrafas, piscinas e calhas. No Norte e no Centro-Oeste, a maioria dos focos foi encontrada no lixo.
Segundo o Ministério da Saúde, as campanhas de combate e prevenção feitas por todos os brasileiros contribuíram muito para a redução dos casos de zika. O ministro alertou para a importância da eliminação dos focos do mosquito para evitar as doenças. A ideia é que toda sexta-feira seja o dia D, com mobilização por parte de escolas e órgãos estaduais, municipais, grandes empresas para combater o Aedes aegypti. A campanha deste ano traz depoimentos reais para sensibilizar e incentivar a população.