A maioria dos novos negócios foi aberta por mulheres nos últimos seis anos, conforme pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A jornalista e, agora, empreendedora Janaina Cavalli, 28, comprovou essa realidade nas últimas semanas, quando apostou nas ferramentas digitais para impulsionar a Alabama Hotel.
No período de três anos de verdadeira gestação do brechó exclusivamente online, ela viajou a cidades como Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde a cultura de segunda mão tem bastante força, para adquirir as peças vintage. Mais de 30% da loja foi vendida na primeira hora após a inauguração do site.
– Sempre pensei em fazer só online. Nunca projetei espaço físico porque vi que tem muita força na internet quando comecei a participar de grupos de desapego coletivo e que o que era colocado ali vendia muito rápido. As pessoas estão interessadas não só em vender para fazer uma grana extra, mas também em comprar. E comprar algo mais barato, não importando se é usado.
As redes sociais têm papel preponderante nesse cenário, conforme explica Janaina.
– Essa nova era do brechó nasceu na internet, com as pessoas vendendo as coisas no Instagram. Hoje eu não posso lançar nada no site sem antes ativar nas redes sociais. Tem tudo a ver. Aquela peça que já foi usada, que eu peguei, recondicionei, montei look, fiz produção. Aquela peça brilha de novo. Talvez na loja física não dê para ver isso com tanta clareza.
O presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico em Santa Catarina, Cristiano Chaussard, faz um paralelo do caminho traçado pelos brechós e pelos sebos. Os dois segmentos tendem a consolidar-se cada vez mais no meio digital nos próximos três anos.
– A grande tendência é o fortalecimento dos marketplaces, que são a evolução do shopping center no mundo online, onde as lojas se juntam em um único espaço. No Brasil, o Mercado Livre foi o primeiro, depois o Submarino, Extra e Walmart. Em Santa Catarina, há o Fecomércio Shopping e o Indústria SC como exemplos – diz.
Ele ainda destaca que os brechós se juntaram para ganhar consumidores:
– O Enjoei é um belo exemplo de vendedores que querem fazer isso em conjunto. Se a intenção é seguir sozinho, eles precisam de uma plataforma de comércio eletrônico para gerenciar toda a operação de vendas online.
Sete brechós online para ficar sempre de olho
1) Enjoei
3) Trash Chic
4) B.Luxo
5) Peguei Bode
7) Recicla Luxo