Grupos de alunos de colégios ocupados da rede estadual bloquearam ruas e avenidas de Porto Alegre na manhã desta terça-feira. Cerca de 40 estudantes das escolas Protásio Alves e Júlio de Castilhos (Julinho) levaram classes e cadeiras para a Avenida Ipiranga e interromperam a via durante alguns minutos na esquina com a Avenida da Azenha.
O grupo realizou caminhada em direção ao Julinho e também bloqueou a Avenida João Pessoa por alguns minutos. Os alunos defendem as ocupações e protestam contra o governo interino de Michel Temer, pelo passe livre estudantil e contra o "sucateamento da educação no governo José Ivo Sartori". Conforme informações dos manifestantes, há alunos também das escolas Inácio Montanha, Rio Branco, Florinda Tubino Sampaio e Emílio Massot.
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Por volta das 11h, alunos da escola Padre Réus, na Zona Sul, também bloquearam o cruzamento das avenidas Otto Niemeyer e Wenceslau Escobar, no sentido bairro. No local, cerca de 20 estudantes colocaram mesas e cadeiras na rua.
Pouco depois das 11h20min, a Brigada Militar entrou em confronto com os estudantes. De acordo com um dos policiais, a medida foi tomada para proteger os jovens, que estariam no meio da via.
Depois de protestarem por cerca de uma hora no meio da Avenida, o grupo liberou a via e foi para as calçadas e canteiros com faixas e cartazes.
Além das reivindicações comuns aos outros estudantes, o grupo do Padre Réus reclama da infraestrutura do local que teria problemas no piso, no ginásio e no transformador - problema que impediria as aulas nos dias em que há temporais.
Também houve relatos de bloqueios na Rua Félix da Cunha, bairro Rio Branco, onde estudantes da Escola Irmão Pedro realizaram um protesto. De acordo com os estudantes, a manifestação foi combinada com o grupo da Escola Júlio de Castilhos e durou cerca de duas horas.
Depois de muito transtorno nas principais vias da Capital, o trânsito voltou ao normal nas regiões onde houve bloqueios. Os estudantes marcaram para as 11h uma caminhada até o Palácio Piratini.
